O técnico Rogério Ceni não quis gastar muito tempo de sua entrevista coletiva falando sobre as polêmicas de arbitragem a favor do São Paulo após a vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras, na partida válida pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, disputado nesta quarta-feira (30), no Morumbi.
O São Paulo abriu o placar no final do primeiro tempo após a marcação de um pênalti em que a bola bate na mão do lateral Marcos Rocha dentro da área, mas o jogador do Palmeiras estava com o braço colado ao corpo – mesmo assim, e após revisar o lance no monitor do VAR – o árbitro Douglas Marques das Flores confirmou a penalidade.
– Eu não sei do conteúdo da entrevista (do Abel Ferreira), não vi o lance, mas as pessoas que trabalham, comentaristas, disseram que foi pênalti. Cada um tem o direito de manifestar sua opinião. Se é o [Raphael] Claus no próximo jogo é arbitragem correta. Fica tranquilo. Eu não vou reclamar dele no final do jogo, porque conheço o caráter e a arbitragem dele. Aí vai ser opinião de cada um – limitou-se a dizer Ceni após o jogo.
Veja o lance do pênalti a favor do São Paulo:
A bola bate no braço do Marcos Rocha que está colada ao corpo. Segundo a regra isso não se configura pênalti.
VAR Fail ❌
— VAR Check Brazil Ⓜ️ (@VAR_Brazil) March 31, 2022
Abel Ferreira faz duras críticas:
Enquanto Rogério Ceni evitou prolongar a resposta sobre arbitragem do primeiro jogo da final do Paulistão, o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, não poupou críticas ao árbitro e afirmou que o lance foi um ‘golpe emocional’ para o time Alviverde.
— Temos um resultado de 3 a 1, o adversário sai na frente, é bom falarem que tem muita condicionante. Uma coisa é não ter VAR e outra ter VAR. Uma coisa é o Sr. Douglas ir muito bem, bem posicionado, viu que o Rocha estava com as mãos junto ao corpo, mas alguém quis ser protagonista. Os do São Paulo acham que é, os do Palmeiras acham que não. A regra diz que precisa ser escandalosa, clara, como foi o pênalti do Gomez. E aí o VAR estava a comer pipoca, não viu e foi comer pipoca. Sequer chamou o árbitro. Faça o que fizer, este Paulista já está inquinado (manchado).
– Foi um golpe emocional. Gostaria que o árbitro viesse dar a cara. Vocês me fazem perguntas. Que ele sente aqui e dê a cara. Se o treinador não der resultado, no final de três meses sai. O jogador não tem rendimento, sai. Com os árbitros tem que ser igual. Erros consecutivos é troca e dar oportunidade aos mais jovens. Com recurso ao VAR ainda, é inadmissível esse tipo de erro. O VAR nem chama o lance do Gomez, que é gritante. Jogamos mal, passamos mal, mas há fatos visíveis que condicionam todo o desenrolar do jogo. Mas isso não tira a minha responsabilidade de dizer que o Palmeiras não fez um bom jogo na segunda etapa – acrescentou.
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O jogo da volta será disputado neste domingo (03), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. Com a vitória no primeiro jogo, o São Paulo pode perder a partida por um gol de diferença que ainda sim garante o título. Em caso de derrota por dois gols de diferença, a disputa será decidida nos pênaltis. O time do Morumbi pode ser bicampeão do Paulistão se confirmar a conquista.
