Home Futebol Zagueiro se recusa a vestir camisa pelo fim da guerra Rússia x Ucrânia e explica o motivo

Zagueiro se recusa a vestir camisa pelo fim da guerra Rússia x Ucrânia e explica o motivo

Jogador turco, ao contrário de seus companheiros de time, não vestiu camisa pedindo o fim da guerra Rússia x Ucrânia

Mário André Monteiro
Jornalista com passagens por Portal iG, Fox Sports e Osasco Audax. Atualmente editor na Jovem Pan News e no Alemanha FC (http://www.alemanhafc.com.br). No Twitter: @alemao_mario e no Instagram: @marioalemao

Enquanto o mundo do futebol pede paz no conflito entre Rússia e Ucrânia, um jogador turco foi na contramão dos atos contra a guerra e preferiu não aderir a uma campanha do seu time, o Erzurumspor, em partida válida pela segunda divisão do Campeonato Turco.

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O zagueiro Aykut Demir se recusou a vestir a camisa com a inscrição “no war” (sem guerra) antes do duelo contra o Ankaragücü. Vale destacar que o atleta de 33 anos de idade é o capitão da equipe.

A cena chamou bastante atenção, já que todos os companheiros de Demir estavam perfilados e usando a camisa pedindo o fim da guerra. O defensor estava com o uniforme do time.

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Depois do jogo, que terminou com vitória do Ankaragücü por 1×0, o zagueiro se defendeu das críticas. Ele foi acusado de não apoiar a paz e explicou o motivo por não usar a camisa em entrevista ao jornal turco “Fanatik”.

“Milhares de pessoas morrem todos os dias no Oriente Médio. Aqueles que ignoram a perseguição lá e não se manifestam fazem essas coisas quando se trata da Europa. Não me senti confortável usando a camiseta porque não foi feita para outros países no Oriente Médio”, comentou.

“Se tivesse acontecido o mesmo, minha consciência estaria confortável. Também estou triste que haja guerra em qualquer lugar do mundo. Compartilho a dor de pessoas inocentes”, completou Aykut Demir.

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Ainda segundo a publicação, a cobrança feita por Demir também se aplica ao governo turco, que não trata o povo curdo com dignidade dentro do próprio país. O jogador é conhecido na Turquia pelo seu fundamentalismo religioso e pelo ultranacionalismo, além do interesse por armas que lhe rendeu o apelido de “Komando”.

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