Logo após o empate do Palmeiras diante do Goiás nos últimos minutos no Estádio da Serrinha, o técnico Abel Ferreira concedeu coletiva e foi questionado acerca do veto de torcedores palestrinos no confronto contra o Flamengo, agendado para a próxima quarta, pelo Brasileirão.
No confronto antecipado da 4ª rodada, o Flamengo optou por exercer o direito de ter torcida única no estádio, respaldado por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda em 2020. Sobre o tema, Abel Ferreira evitou entrar em polêmica, e disse que o seu trabalho é preparar a equipe e não opinar em assuntos que ele considera ser de “cunho político”.
“Isso são questões profundas do futebol brasileiro. Eu já falei várias vezes sobre isso, uma coisa é olhar para o futebol e outra é olhar para aquilo que são outros interesses. Eu sou treinador, a minha parte é treinar e preparar minha equipe. Quem é dirigente tem que dirigir, cada um tem que fazer o seu trabalho. A minha responsabilidade e dos meus jogadores é dentro das quatro linhas, prepará-los bem. Agora, há outros fatores que não controlo, como esse. São questões políticas, vocês sabem que o futebol aqui no Brasil tem muitas questões políticas”, iniciou o técnico do Palmeiras, emendando na sequência.
“Eu vou me restringir a minha função, que é ser treinador. Se nós queremos evoluir o futebol, há vários responsáveis. Os treinadores são um deles, os jornalistas também. Os árbitros, dirigentes e jogadores também são responsáveis. Somos todos responsáveis pelo futebol que nós queremos. Se nós queremos melhorar, temos que refletir sobre o esforço que está sendo feito e sobre onde se quer chegar. Se é que alguém pensa nisso…”, complementou Abel.
A coletiva pós-jogo de Abel Ferreira está no ar. Assista à íntegra na TV Palmeiras/FAM ➤ https://t.co/e9X1QO1IaC#AvantiPalestra #GOIxPAL#JuntosNoBrasileirão pic.twitter.com/3idwsL5hOw
— SE Palmeiras (@Palmeiras) April 16, 2022
Ainda na coletiva, o técnico do Palmeiras admitiu a ineficiência da equipe na conclusão das jogadas e também questionou a atuação do VAR, que validou um tento irregular do Goiás. O português pediu para que o recurso tecnológico não prejudique o trabalho executado não só dentro das quatro linhas, mas também de toda a preparação para um duelo.
“Acho que começam a ser situações a mais contra o Palmeiras, só isso que tenho a dizer. Há um VAR (árbitro de vídeo) que existe, as imagens são claras. Se o jogador toca na bola e depois no Weverton… Eu não vi ninguém tocar na bola. Infelizmente, isso nos tira pontos. Aos treinadores, custa caro. Quando o treinador não ganha, vai embora”, enfatizou o técnico alviverde.

