A pedido do presidente Romildo Bolzan Jr, o vice de futebol do Grêmio, Denis Abrahão, esteve presencialmente na CBF na última semana para se reunir com o novo presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, o ex-árbitro Wilson Seneme. Na coletiva de quinta, depois da vitória sobre o Guarani pela Série B, o dirigente deu detalhes de bastidores do encontro.
Segundo Abrahão, o Grêmio se colocou à disposição para colaborar com uma disputa “limpa” na Série B e ainda ouviu de Seneme que, de fato, o clube foi prejudicado em lances capitais da arbitragem durante a queda de divisão em 2021.
“A Série B será muito acirrada, sem dúvida. Fui na CBF em nome do Grêmio e a pedido do presidente. Dei boas-vindas e disse que o Grêmio está à disposição para colaborar. Não daremos pontapé nem nada fora das regras. Eu já conhecia o Seneme, um cara muito bem postado e posicionado. Me recebeu super bem. Ficou admirado que o Grêmio não ficou na primeira divisão. Mostrei fatos do ano passado que ele concordou totalmente contigo. Isso que machuca. E a CBF reconheceu que foi pênalti no Ricardinho. Que vou fazer? Nada. Mas está registrado. Minha obrigação é defender o Grêmio e mais nada”, relatou Abrahão.
No citado lance de Ricardinho, o jogador gremista sai sangrando de campo após ser atingido por cotovelada de Ronei, da Chapecoense, na derrota recente de 1×0 na Arena. A árbitra Édina Alves não marcou pênalti nem foi chamada pelo VAR. Reveja o lance e a nota oficial da CBF sobre a jogada:
O Grêmio perdia de 1×0 pra Chapecoense, quando, aos 43’ do 2T, Ricardinho foi atingido por uma cotovelada dentro da área. Cotovelada que lhe tirou da jogada e lhe rendeu alguns pontos no supercílio direito.
Árbitra e VAR nada marcaram.
Final: Grêmio 0x1 Chapecoense
-1 ponto pic.twitter.com/ggMb9JZlCc
— O Grêmio foi prejudicado hoje? (@FoiGremio) April 16, 2022
Leia o parecer da CBF sobre a reclamação do Grêmio:
“O Reclamante tem razão.
Com efeito, efetivamente, a falta se caracterizou com golpe de braço no rosto de seu jogador, conquanto não com o cotovelo e sem a violência mencionada.
A falta se caracterizou porque o defensor, já antes de a bola se encontrar em disputa, colocou o seu braço, embora sem velocidade e sem força excessiva, contra o rosto do adversário e o impediu de disputar a bola.
O Reclamante ainda tem razão porque o VAR deveria ter atuado, uma vez que as imagens revelam tudo quanto foi dito acima.
Logo, porque o VAR dispunha de imagem para detectar o erro da árbitra de campo, deveria ter atuado e recomendado revisão.”
