A última rodada da Copa Libertadores foi marcada, infelizmente, por atos racistas vindo das arquibancadas. E todas envolvendo o futebol brasileiro. Essa não foi a primeira vez e nem será a última em que atos racistas serão vistos nos jogos da Libertadores e Sul-Americana. Isso acontece há anos e o que sempre se cobrou da Conmebol era alguma atitude para conter isso. Tanto a Conmebol, quanto a justiça, sempre pareceram fazer ‘vista grossa’.
Nesta última rodada, os clubes brasileiros cobraram uma posição mais dura da Conmebol, entidade que cuida do futebol sul-americano. Pelo menos, ao que parece, a entidade decidiu tomar uma atitude e já há uma movimentação interna por providências. Num primeiro momento a ideia é tentar colocar em prática uma determinação da Fifa, chamada de “três passos contra a discriminação”. O jogo pode ser até suspenso pelo árbitro se necessário.
Nesta sexta-feira, Conmebol divulgou uma nota, prometendo também endurecer as punições para atos de racismo em seus regulamentos. Atualmente, o regulamento prevê uma multa, apenas. Também prometeu intensificar programas para “acabar de vez com esse problema no futebol sul-americano”.
Em 2019, a Fifa criou uma cartilha para os árbitros seguirem quando houver manifestação racista. O primeiro passo prevê a paralização do jogo e um aviso no telão. Depois, se acontecer de novo, o jogo é paralisado por tempo indeterminado e os jogadores vão ao vestiário. Se o jogo recomeçar e houver novamente atos racistas, a partida é suspensa. Isso já deve começar a ser colocado em prática na próxima rodada.
Relembre os casos da última rodada da Libertadores
Pela Libertadores, quatro clubes brasileiros sofreram com esse tipo de manifestação. O primeiro registro foi do Corinthians, quando torcedores do Boca Juniors foram flagrados imitando um macaco. Um torcedor foi detido, mas solto no dia seguinte após pagar multa.
O Palmeiras, rival do Corinthians, também relatou problema. Ao enfrentar o Emelec, no Equador, torcedores do Verdão foram chamados de “macaco” por torcedores equatorianos. No mesmo dia, na Argentina, o Red Bull Bragantino enfrentou o Estudiantes e alguns gritos de “mono”, (macaco em espanhol) foram proferidos em direção aos torcedores brasileiros.
Na noite de ontem (28), na partida entre Universidad Católica e Flamengo, torcedores da equipe chilena imitaram um macaco enquanto xingavam os flamenguistas que estavam no estádio.
