Home Futebol Conselheiros do Flamengo querem executivo de futebol mais experiente e sugerem dirigente português que trabalhou com Jorge Jesus

Conselheiros do Flamengo querem executivo de futebol mais experiente e sugerem dirigente português que trabalhou com Jorge Jesus

Nome do português José Boto causou grande repercussão entre torcedores do Rubro-Negro nas redes sociais

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.
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O Flamengo vive um período de turbulência esportiva e administrativa que se agravou com o vice do Campeonato Carioca depois de ser superado pelo rival Fluminense, lembrando que antes disso o clube já havia perdido a disputa da Supercopa do Brasil para o Atlético-MG. Marcos Braz é um dos nomes mais pressionados e pode deixar o cargo nos próximo dias, mas a situação é bem mais complexa.

Segundo o jornalista Bruno Andrade, colunista do UOL Esporte, conselheiros do Flamengo querem executivo de futebol com maior peso e mais experiência dentro da diretoria rubro-negra, e alguns nomes já foram sugeridos, entre eles o do português José Boto.

— Conselheiros do Flamengo que pedem um executivo de futebol com maior peso e mais experiência dentro da diretoria já sugeriram alguns nomes. O português José Boto, ex-Benfica, Shakhtar Donetsk e hoje no PAOK, é um dos indicados nos bastidores – escreve o jornalista em seu perfil no Twitter.

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José Boto, de 56 anos, ganhou destaque com a passagem pelo Benfica, onde trabalhou com Jorge Jesus. Pelos Encarnados, o dirigente foi membro do departamento de scout entre 2007 e 2018. Depois do trabalho no time de Lisboa, se transferiu para o Shakhtar Donetsk e ficou até 2021. Após a saída da Ucrânia, assumiu o cargo no PAOK, da Grécia.

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Como José Boto pensa futebol:

Em entrevista ao site ‘Mais Futebol’, de Portugal, em 2020, José Boto fez uma reflexão importante sobre as formações de scouting e destacou ainda a importância de entender o jogo com os olhos do treinador do clube.

— No scouting não há teorização, porque os clubes não abrem esses departamentos para estudo. São departamentos demasiado sensíveis e confidenciais. O que existem são pessoas que nunca falaram com um presidente a ligar às 4h da manhã e a dizer-te: ‘Tem de ser este ou aquele’. Às vezes dá-me voltas ao estômago ouvi-los falar. Teorizam baseados em nada. Não se pode dizer que o scouting faz-se desta ou daquela maneira. Esquece, por isso não há cursos de scouting. Quando dou formações, apareço sem power point e apenas com vontade de falar. Podia dizer uma série de mentiras, os formandos ficavam todos contentes e tiravam notas. Podia dizer que observava um jogador quatro vezes ao vivo, por exemplo. Vives o dia a dia e a concorrência é tão grande que não tens tempo para andar com metodologias para observação de jogadores. Se andas com metodologias, quando chegas a uma conclusão, já o jogador mudou duas vezes de clube – explicou.

Sobre a filosofia de contratações, José Boto falou sobre conhecer o treinador antes de buscar uma ou outra contratação para o clube.

— Tens de conhecer o jogo. Não vamos meter nomes problemáticos (risos). Gosto do que gosto, mas trabalho para o Simeone. Tenho de saber o modelo de jogo dele, o que ele valoriza no jogador. Para mim é fácil, mesmo não gostando, porque conheço o jogo e o futebol. Sabemos o que ele quer como jogador ou não. Isso para nós não é uma dificuldade. Basta conheceres o jogo para fazer isso.

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