Home Vôlei Dentil/Praia Clube fará sua quinta final de Superliga; veja como chega o time para esta decisão

Dentil/Praia Clube fará sua quinta final de Superliga; veja como chega o time para esta decisão

Vivenciando o período mais vitorioso do projeto, Praia Clube buscará seu quarto título para coroar a grande temporada

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Finalista da Superliga 1XBet feminina de vôlei pela quinta vez em sua história, sendo esta a quarta de forma consecutiva, o Dentil/Praia Clube desponta como o favorito para o título. Campeão na temporada 2017/18, o time de Uberlândia irá reencontrar na final justamente o Itambé/Minas, seu algoz das duas últimas edições. As partidas serão disputadas na capital federal Brasília, no Ginásio Nilson Nelson.

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Ao contrário da época 2020/21, onde o time de Belo Horizonte venceu o confronto nas finais do Campeonato Mineiro, Copa Brasil e Superliga, quem apresentou superioridade na temporada atual foi o Praia Clube, que levou a melhor em três decisões contra o rival. Somando as partidas do campeonato nacional, são cinco vitórias em cinco jogos para a equipe do triângulo mineiro.

Dentil/Praia Clube mineiro vive temporada histórica

O Dentil/Praia Clube está na temporada mais vitoriosa de sua história. Tornou-se o segundo maior campeão mineiro ao levantar seu oitavo troféu estadual, faturou pela quarta vez consecutiva a Supercopa e conquistou seu primeiro título internacional, o Sul-Americano. Tais triunfos foram alcançados num intervalo de apenas dez dias, entre 15 e 25 de outubro de 2021. Curiosamente, todas estas conquistas ocorreram sobre o rival Itambé/Minas.

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Participou de sua terceira edição seguida do Mundial de Clubes. A exemplo de 2019, também caiu na fase de grupos em 2021. Seu melhor desempenho aconteceu no ano de 2018, quando terminou na quarta posição.

Na Copa Brasil, torneio de tiro curto que reúne os oito melhores times da primeira fase da Superliga, o Praia Clube teve os desfalques de Carol e Kasiely (testadas positivo para covid-19) e foi eliminado na semifinal pelo Sesi-Bauru, clube que veio a ser o campeão diante do Itambé/Minas na decisão.

Campanha na Superliga

O sistema de pontuação da Superliga atribui três pontos em vitórias por 3 sets 0 e 3 a 1. Em caso de partidas de cinco sets, a equipe vencedora ganha dois pontos e a derrotada leva um.

Líder da fase classificatória, o Dentil/Praia Clube somou 20 vitórias e apenas duas derrotas, obtendo 58 pontos. Foram 63 sets ganhos e 14 perdidos, com 1.831 pontos feitos e 1.453 sofridos.

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Venceu 15 vezes por 3 sets a 0, mais dois jogos por 3 a 1 e outros três por 3 sets a 2.

Sem dificuldades nas quartas de final, despachou o oitavo colocado Pinheiros por um duplo 3 sets a 0. Na semifinal, encarou o embalado quinto lugar Sesc/Flamengo, que vinha de nove vitórias no returno e uma virada espetacular na série contra o Osasco, seu maior rival.

Apesar de iniciar a série em Uberlândia frente à sua torcida, na Arena Dentil, o Praia Clube sofreu um surpreendente revés por 3 sets a 0, sendo obrigado a buscar o resultado positivo fora de casa para forçar o jogo três. Esta foi a única partida em que o time do triângulo mineiro não ganhou um set em toda a competição.

Não bastasse a derrota em casa, esteve de costas para a parede também no Rio de Janeiro. O Sesc/Flamengo chegou a abrir 2 a 1, ficando apenas há um set da passagem para a final. No entanto, o entrosamento e a concentração foram essenciais para o Praia Clube reverter a situação e trazer a série de volta para Uberlândia ao vencer o tie-break. Após mais uma pitada de emoção ao perder o primeiro set por 25 a 18, levou o segundo por difíceis 26 a 24. Nas parciais seguintes limitou a equipe carioca para menos de 20 pontos e avançou à decisão.

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Destaques

Carol, destaque do Praia Clube, é apontada também como uma das principais candidatas à MVP da Superliga. A central, segunda melhor sacadora da competição com 30 aces, é a maior pontuadora em bloqueios. Durante a fase classificatória anotou expressivos 95 pontos no fundamento, 16 a mais que a segunda colocada, a central Lays Freitas do Fluminense. Adicionando a contagem dos playoffs, Carol obtém impressionantes 120 pontos até o momento e dobrou a diferença para a vice-líder, agora a central Mayany do Sesi-Bauru, que pontuou 88 vezes.

A oposta dominicana Brayelin Martinez e a ponteira holandesa Anne Buijs são a sexta e sétima colocadas entre as maiores pontuadoras da Superliga, com 321 e 313 respectivamente. Jineiry Martinez, central e irmã mais nova de Brayelin, é a terceira mais eficiente em ataques, com 54% de aproveitamento, mesmo número de Carol, logo atrás na quarta colocação.

Claudinha, além de boa levantadora, contribui também com pontos em ataques e bloqueios.

O adeus de uma gigante

Walewska, capitã do Praia Clube, irá se aposentar após a final da Superliga. Multicampeã, a central de 42 anos é uma das grandes jogadoras da história do vôlei brasileiro. Defendendo a seleção conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e o bronze em Sidney-2000, além de três títulos de Grand Prix (atual Liga das Nações), Copa dos Campeões em 2013 e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999.

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Atuou de 2004 a 2011 no voleibol europeu, passando por clubes da Itália, Espanha e Rússia. Destaque para o título da Champions League na temporada 2005/06 pelo italiano Sirio Perugia, quando foi companheira de equipe da lendária levantadora Fofão.
Walewska possui também dois títulos de Superliga, sendo o segundo justamente pelo Dentil/Praia Clube. O primeiro foi na temporada 1999/2000 com o Rexona, atual Sesc/Flamengo, quando o clube era sediado em Curitiba-PR.

Elenco

Levantadoras: Claudinha, Lyara e Jordane
Opostas: Brayelin Martinez e Ariane
Ponteiras: Anne Buijs, Kasiely, Tainara e Vanessa Janke
Centrais: Walewska (capitã), Carol, Jineiry Martinez e Angélica
Líberos: Suelen e Ju Perdigão

Técnico: Paulo Coco

Com exceção de Walewska, todo o elenco está de contrato renovado para a temporada 2022/23. Para o lugar da central, o Praia repatriou Letícia Hage, que defendeu o clube de 2011 a 2015 e estava no voleibol polonês.

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Transmissão

Todos os jogos da final terão transmissão do SporTV 2 e por mais duas opções na internet: o Canal Vôlei Brasil e o canal na Twitch de Natacha Fanganiello, a “Nahzinhaa”.

Primeira partida

22/04 (sexta-feira) 

21h – Dentil/Praia Clube (MG) x Itambé/Minas – Arena BRB Nilson Nelson, Brasília (DF)

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Segunda partida

29/04 (sexta-feira) 

21h – Itambé/Minas x Dentil/Praia Clube – Arena BRB Nilson Nelson, Brasília (DF)

Terceira partida (se necessário)

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03/05 (Terça-feira)

21h30 – Dentil/Praia Clube x Itambé/Minas – Arena BRB Nilson Nelson, Brasília (DF)