Agora o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) está virando moda no Brasil depois que times grandes adotaram esse modelo, como o Cruzeiro, Botafogo e Vasco. Em outros países e principalmente na Europa, essa forma de gerir o futebol é mais comum.
Um dos maiores investidores nesse modelo de gestão é o City Football Group, conhecido popularmente como “Grupo City”, dono por exemplo do Manchester City, um dos melhores times do mundo atualmente. Quando o Brasil começou aderir a SAF e o Grupo City demonstrou interesse em entrar no nosso país, muitas torcidas estão na expectativa de que seu clube faça acordo com essa empresa. Mas, fora do Brasil, o grupo que administra o Manchester City não é tão unanimidade como aqui.
Foi o que demonstraram os torcedores do NAC Breda, que ocupa a oitava colocação na segunda divisão do Campeonato Holandês, que se organizaram e conseguiram impedir a venda do clube para a empresa. Os torcedores não gostam do modelo de gestão que o Grupo City tem, de apenas visar lucros e deixando de lado a história do clube e a conexão com os torcedores.
O City chegou a anunciar a compra do time holandês, o que deu início aos protestos dos grupos de ultras (similar às organizadas no Brasil). Um grupo, inclusive, foi até ao estádio do Manchester City com uma faixa escrito: “Fiquem fora do nosso território. O NAC não é para o City Group.”
Após protestos, o negócio foi cancelado e o clube holandês começou uma ação com empresários locais para arrecadar dinheiro e conseguir o suficiente para não depender de nenhuma empresa comprar o clube. Caso a iniciativa funcione, a ideia é que o NAC Breda volte a ser administrado por pessoas de maior conexão com o time.
O City estuda entrar no futebol brasileiro desde 2020, quando teve uma reunião com dirigentes do Londrina, mas sem sucesso. Em 2021, a administração do grupo conversou com o Atlético-MG e chegou a esboçar uma proposta de R$ 1 bilhão pelo clube. Porém, as negociações evoluíram mesmo foi com o Bahia. O time nordestino já tem um acordo encaminhado de venda da sua SAF por R$ 650 milhões. A transação ainda precisa ser aprovada pela assembleia de sócios para ser oficializada e entrar em vigor.

