O atacante francês Kylian Mbappé, considerado um dos melhores atacantes do mundo na atualidade, poderia não atuar pela seleção da França, na qual ele venceu a última Copa do Mundo, em 2018, como camisa 10 e marcando, inclusive, gol na final contra a Croácia.
Mbappé nasceu em Paris, na França, porém, seu pai, Wilfried, nasceu nos Camarões, mas se mudou para França para trabalhar com futebol —ele foi treinador e atualmente gerencia a carreira do filho. O desejo do seu pai, então, era que Mbappé não jogasse pela França, mas sim por Camarões. Ele chegou até a conversar com a federação camaronesa para tentar emplacar o atacante nas seleções de base.
“Eu queria que o meu filho jogasse por Camarões, mas alguém da federação exigiu uma certa quantia de dinheiro para colocá-lo para jogar. Eu não tinha esse dinheiro. Os franceses, por outro lado, não pediram nada”, revelou o pai dele, em entrevista, alguns anos depois.
Os camaroneses só despertaram para o talento de Mbappé quando ele estourou com a camisa do Mônaco, na temporada 2016/17. E aí procuraram o estafe do jogador para tentar levá-lo para a África. Só que era tarde demais. O atacante já vinha defendendo a França desde a categoria sub-17 e, com 18 anos, três meses e cinco dias, tornou-se o jogador mais jovem a defender a seleção principal da França em 62 anos.
Mesmo sem Mbappé, a seleção camaronesa conta com alguns jogadores que nasceram na Europa. O principal deles é o atacante Choupo-Moting, do Bayern de Munique. Ele é alemão de nascimento. Além dele, outros jogadores nascidos na Europa são os franceses Karl Toko Ekambi (Lyon), Olivier Ntcham (Swansea City), Jean-Charles Castelletto (Nantes) e Devis Epassy (OFI).
O Camarões está no grupo do Brasil na próxima Copa do Mundo, que acontece no final do ano, no Catar. Além de Brasil e Camarões, o grupo conta também com Suíça e Sérvia.

