O presidente do San Lorenzo, Marcelo Tinelli anunciou hoje sua renúncia ao cargo máximo da instituição de Buenos Aires. Sua gestão foi marcada por políticas de austeridade e retomada econômica, mas a ausência de resultados desportivos provocou revolta dos “hinchas” do clube.
O San Lorenzo é a única equipe dentre o grupo dos 5 grandes argentinos (Boca Juniors, River Plate, Independiente, Racing e San Lorenzo) que não está disputando nenhuma competição internacional, seja a Libertadores ou Sul-Americana nesta temporada. Além disso, a equipe vive momento instável no campeonato nacional e dificilmente conseguirá a classificação para as quartas de final.
Na Copa Argentina, o San Lorenzo foi eliminado na primeira fase pelo Racing de Córdoba, equipe do terceiro nível (equivalente a terceira divisão) do futebol argentino.
Recentemente, mais uma polêmica envolveu a equipe portenha, quando foram registrados episódios seguidos de indisciplina do meia Centurión, ex-São Paulo. O San Lorenzo rescindiu o contrato de empréstimo do jogador, enviando ele de volta ao Vélez Sarsfield, que deve tentar recolocar o jogador no mercado.
Tinelli já esteve envolvido no San Lorenzo, como apoiador mecenas, diretor de marketing, coordenando a equipe de basquete e como vice-presidente.
No último dia 8 de abril, a torcida do San Lorenzo organizou uma marcha em protesto rumo ao prédio do Ministério do Turismo e Esportes, onde trabalha o ex-presidente Matías Lammens.
Lammens é um apoiador da gestão de Tinelli, que foi vice-presidente na gestão anterior. A manifestação reuniu opositores políticos de Lammens no clube e na política argentina, sob os gritos “que se vayan todos” (que todos se vão).
As principais críticas giram em torno dos dirigentes não estarem 100% conectados ao clube, já que Lammens ocupa seu lugar no ministério e Tinelli está de licença, enquanto apresenta seu programa televisivo.
Lammens era o presidente do San Lorenzo em 2014, quando a equipe conquistou a Libertadores da América. A campanha foi amplamente divulgada ao redor do mundo, devido a conexão entre a equipe e o Papa Francisco, torcedor confesso da equipe.
Em sua carta oficial de renúncia, presente no seu Twitter @cuervotinelli, Marcelo agradece os torcedores e o clube, levanta seus feitos e despede-se de maneira apaixonada.
