Duas vezes palmeirense, assim podemos descrever Barbosinha, treinador da Juazeirense. Nascido na cidade de Palmeiras, na Bahia, o comandante do time baiano revelou em entrevista ao ge.globo ser torcedor do time paulista que tem o mesmo nome de sua cidade.
“Minha história com a cidade de São Paulo e com o Palmeiras é muito bonita. A gente conheceu o futebol através do Palmeiras, aprendeu a gostar do futebol através do Palmeiras. Eu chorei e sorri com o Palmeiras. As grandes conquistas. As grandes decepções” relembrou Barbosinha
A influência para que se tornasse torcedor do Verdão veio da família, um tio, que segundo Barbosinha era “palmeirense doente”, o induziu, lhe presenteando com a camisa do time em um natal e levando o sobrinho ao estádio pela primeira vez para assistir uma partida entre Palmeiras e Ceará no brasileiro de 1974 ou 1975.
“Aí começou minha história com o Palmeiras, de torcer mesmo, de ser fã de carteirinha”, contou o treinador.
Duelo contra o time do coração
Hoje à noite, o torcedor Barbosinha vai dar lugar ao técnico da Juazeirense, já que o adversário do time comandado por ele é justamente o Palmeiras. A partida é pela Copa do Brasil, jogo de volta da terceira fase da competição.
No primeiro confronto, o Verdão venceu por 2×1, assim, o time baiano precisa vencer por um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis. Uma vitória por dois ou mais gols de diferença coloca os comandados de Barbosinha na próxima fase.
O jogo acontece no estádio do Café, em Londrina, cidade onde a Juazeirense optou por mandar a partida.
Apesar de saber que a missão é difícil, o técnico acredita que é possível seguir no campeonato, e que o fato de o confronto ser com um time tão qualificado motiva os jogadores:
Nós acreditamos muito. No futebol, temos que acreditar. Você não pode ir para Londrina fazer turismo. Mostramos que é possível fazer um jogo interessante contra o Palmeiras. É claro que a dificuldade é enorme, a diferença de elenco é enorme, mas o espírito, a vontade de vencer, a superação de derrubar o gigante também são enormes. O adversário por si só motiva todos os jogadores. O momento do adversário motiva mais ainda. Os títulos do adversário são um motivador maior. Talvez seja para alguns jogadores o último grande jogo da história deles. Isso faz com que eles busquem fazer um jogo de excelência e superar tudo em todos os aspectos: emocional, físico e técnico”.
