O Bahia tem conversas avançadas para a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para o City Football Group, popularmente chamado de “Grupo City”, conglomerado dono do Manchester City e de outros nove clubes espalhados por quatro continentes
A diretoria do Bahia aguarda a proposta oficial para poder passar pelo Conselho Deliberativo e pela assembleia de sócios, para finalmente fechar o negócio. Mas, o que se sabe até então sobre essa negociação? Listei abaixo algumas coisas que já tornaram público envolvendo o Bahia e o Grupo City.
Valor pago ao Bahia
O Grupo City irá pagar R$ 650 milhões por 90% da SAF para comandar o departamento de futebol do Bahia. Esse dinheiro seria pago em três etapas. O primeiro pagamento é de R$ 50 milhões, que irá ser feito logo no início da parceria, prevista para julho. O segundo pagamento, de R$ 150 milhões, será pago na virada do ano, caso o time consiga o acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O restante do valor (R$ 450 milhões) será dividido igualmente entre os anos de 2023 e 2024.
Esse dinheiro seria pago apenas pela compra da SAF. Os investimentos que o grupo fará com a chegada de jogadores e melhorias do elenco não entram na conta.
Mudança de nome e cor
Ao contrário do que aconteceu com outros times que foram comprados pelo Grupo City, como por exemplo, o Montevideo City (Uruguai) e o Melbourne City (Uruguai), o Bahia não precisará mudar de nome e nem sofrerá drásticas mudanças na identidade visual.
Ou seja, não existe nenhuma possibilidade do Bahia ser rebatizado como Salvador City e nem de abdicar das cores vermelha e branca. O uniforme azul celeste, característico da empresa, pode até ser adotado em algumas partidas, mas seria sempre um terceiro uniforme ou alguma camisa comemorativa.
O modelo será o mesmo adotado por Troyes (França) e Girona (Espanha), que, apesar de fazerem parte do grupo, mantiveram seus nomes, uniformes, cores e escudos originais.
Negociação com outros clubes antes do Bahia
O City Football Group estuda entrar no futebol brasileiro desde 2020, quando teve uma reunião com dirigentes do Londrina, mas sem sucesso. Em 2021, a administração do grupo conversou com o Atlético-MG e chegou a esboçar uma proposta de R$ 1 bilhão pelo clube. Porém, as negociações evoluíram mesmo foi com o Bahia.
Empresa mais vitoriosa no futebol brasileiro
Dono do Manchester City, esse será o primeiro conglomerado no futebol brasileiro que dirige um time que realmente briga por títulos no primeiro escalão da Europa. Contando todos os times da empresa, já são 42 taças levantadas em oito países diferentes. Só o Lommel (Bélgica) e o Sichuan Jiuniu (China) não foram campeões de nada desde que foram adquiridos pelo Grupo City.
O Botafogo é dirigido por John Textor, que é acionista do Crystal Palace, equipe do meio de tabela da Inglaterra. Já no Vasco, o futuro dono é o 777 Partners, que também comanda o Genoa, ameaçado de rebaixamento no Italiano. O Cruzeiro está nas mãos do Ronaldo, que é proprietário do Valladolid, da segunda divisão espanhola.
Há também o Red Bull Bragantino, que pertence à mesma empresa dona de Leipzig (Alemanha), Salzburg (Áustria) e New York (Estados Unidos). Apesar de suas equipes já terem feito várias campanhas expressivas até mesmo no cenário internacional, os troféus mais expressivos conquistados por elas foram do Campeonato Austríaco.

