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Clubes das séries A e B discutem contraproposta para criação da Liga

Liga Brasileira continua encontrando dificuldades para estabelecer uma união entre todos os clubes do Brasileirão Série A e Série B

Por Fabrício Carvalho em 07/05/2022 11:22 - Atualizado há 4 anos

CBF

Os clubes que não assinaram os termos em relação à criação da nova Liga do Futebol Brasileiro (chamado provisoriamente de Libra) assinaram na noite de sexta-feira (6) uma nova nota oficial repudiando os termos estabelecidos pelos clubes que criaram as regras (Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino).

Houve uma nova reunião na sexta-feira com todos os 14 clubes do Brasileirão Série A 2022 para discutir os termos estabelecidos pela Liga na primeira reunião e  a principal discordância segue em relação à divisão de receitas estabelecidas pelos responsáveis da Liga.

Mas cabe ressaltar também que uma nova divisão parece estar à caminho pois nem todos os clubes que assinaram a primeira nota contrária à Libra assinaram a nota oficial desta sexta-feira. Atlético-MG, Botafogo e Internacional já demonstraram que não assinarão novas notas oficiais até a próxima reunião.

Porém, alguns clube atualmente na Série B divulgaram a nota e assinaram, como é o caso de Náutico, CSA-AL, Brusque e CSA, dentre outros. Em relação ao Brasileirão Série A, assinaram a nota: Athletico, Atlético-GO, Fluminense, Cuiabá, Ceará, Avaí, Fortaleza e Goiás.

Veja a nota oficial de alguns clubes da Série A e Série B do Brasileirão sobre a Liga Brasileira de Clubes (Libra)

“A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.

Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.

Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.

Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.

Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.

A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.

O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.” 

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