E a Liga? Diferença de valores não é tão grande e clubes podem chegar a acordo
Liga do Brasil parece “caminho sem volta” para vários dirigentes brasileiros
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A criação de uma liga entre os clubes brasileiros é uma discussão que ganhou ainda mais força após a criação da Libra, a Liga do Futebol Brasileiro, encabeçada por Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Red Bull Bragantino. A ideia já conta com apoio de Cruzeiro, Vasco e Ponte Preta.
Porém, uma oposição questiona os valores da divisão da Libra, apresentada no Estatuto como 40% dividido igualmente, 30% por desempenho na competição e 30% por audiência. Foram 23 clubes, entre as Séries A e B, que assinaram uma carta-proposta dando como exemplo ligas europeias e pedindo o aumento do repasse.
Porém, segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, em participação no UOL News Esporte, a diferença entre o que é pedido pelos opositores e o que é oferecido pela Libra não é tão grande e pode haver acordo.
“A diferença não é tão grande assim em termos de dinheiro, o que eu apurei é que a liga, a divisão que eles fazem, a proporção que teria entre quem mais ganha, digamos assim, Corinthians e Flamengo, que seriam os times de maior torcida, se ganharem o título e tiverem a maior renda, seria de eles ganharem quatro vezes o que o que o clube que menos ganha dinheiro, é uma proporção parecida com a que acontece na La Liga, com Real e Barcelona, que é de 3,5”, disse Mattos, que seguiu.
“O que esses 23 clubes que fizeram uma carta contra a liga estão propondo é que no primeiro ano seja 3,5 a proporção. Se pegar 3,5 para 4, não está uma diferença assim, está próximo o negócio. Acho que poderiam sentar à mesa, mas essa negociação por carta eu acho que não ajuda muito, a gente já chegou na era do WhatsApp, do e-mail… Fato é que não vai ter a reunião, são oito clubes da Série A desses que estão boicotando, que não querem participar da reunião, Fortaleza, Athletico Paranaense e Fluminense são os principais líderes”
Quem tem razão na disputa da criação da liga?
Mattos apontou que não há certo ou errado na discussão sobre o repasse, já que cada um apresenta suas justificativas. Porém, para ele, existem “boas chances de sair” a liga.
“Nessa coisa do otimismo e pessimismo, eu ainda acho que tem boas chances de sair porque a diferença não é tão grande e todo mundo perde se não sair. Então, quando vai ficar dinheiro na mesa às vezes as pessoas pensam duas vezes, acho que tem uma chance sim”.

