Home Futebol Juca Kfouri vê incoerência e critica expressão utilizada por dirigente do Inter em defesa de Edenilson

Juca Kfouri vê incoerência e critica expressão utilizada por dirigente do Inter em defesa de Edenilson

Comentarista e jornalista Juca Kfouri fez observações sobre a fala de Emilio Papaléo, vice do Inter

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Após a denúncia de Edenilson de que havia sido chamado de “macaco” pelo lateral-direito do Corinthians, Rafael Ramos, isto já no final do empate em 2×2 entre Inter x Corinthians no Beira-Rio, o vice de futebol colorado Emilio Papaléo fez um pronunciamento em defesa do atleta. No final de sua fala, acabou usando a expressão “denigrem”, que foi alvo de severas críticas do jornalista Juca Kfouri em texto no UOL.

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“Emilio Papaléo, vice-presidente do Inter, ao denunciar Rafael Ramos, do Corinthians, usou a palavra “denigrem” para acusá-lo. O que dá a medida para demonstrar como o racismo estrutural está a tal ponto incrustado na sociedade brasileira que alguém, em tese, antirracista, repete o preconceito sem se dar conta do quanto está incorrendo no mesmo erro. Temos muito a aprender e a progredir”, comentou.

Papaléo considerou “inadmissível” um fato desta natureza acontecer ainda atualmente no futebol:

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“Lamentavelmente é mais um dos tantos episódios de injúria racial que estamos assistindo, especialmente no futebol. É inadmissível que em 2022 ainda tenhamos que enfrentar e estar aqui prestando depoimentos sobre esse tema tão triste e lamentável”.

Edenilson se manifesta na web

Em longa postagem feita na web, Edenilson reafirmou ter sido vítima de injúria racial por parte de Rafael Ramos, que foi detido e solto já na madrugada após o pagamento de R$ 10 mil de fiança.

“Eu sei o que ouvi. Provavelmente não reagi da forma como deveria pois foi a primeira vez que passei por isso e me incomoda chamar atenção de outra forma que não seja jogando futebol. Ser xingado pelo tom da minha pele… minha reação foi de não parar a partida pois o jogo estava bom e ao mesmo tempo eu não queria que tomasse a proporção que tomou justamente por nunca ter passado por isso. Eu procurei o atleta para que ele assumisse e me pedisse desculpas. Todos erramos e temos o direito de admitir, no meu modo de ver. Mas ele continuou dizendo que eu havia entendido errado. Eu não entendi errado. O procurei pelo respeito que tenho por outros jogadores do Corinthians. Independente da nossa cor, o caráter sempre falará mais alto”, postou o atleta do Inter.

VEJA MAIS – O que falaram Daniel e Moisés sobre o caso com Edenilson:

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