Home Futebol Ex-volante Magrão comenta ida para o Corinthians: “O Palmeiras não me quis de volta”

Ex-volante Magrão comenta ida para o Corinthians: “O Palmeiras não me quis de volta”

Magrão teve boa passagem pelo Palmeiras, mas acabou indo para o Corinthians anos depois

André Salem
Jornalista desde 2016, redator do Torcedores.com desde 2022. Apaixonado pelo futebol brasileiro, escrevo principalmente sobre o Brasileirão Série A.

O ex-volante Magrão, que encerrou sua carreira em 2015, teve uma trajetória de títulos e polêmicas, principalmente envolvendo dois rivais paulistas.

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Revelado pelo São Caetano, o jogador teve uma projeção nacional no Palmeiras, onde jogou de 2000 até 2005, entre idas e vindas. No Verdão, venceu a Copa dos Campeões de 2000 e a Série B, em 2003. Ele era um dos símbolos da reconstrução do Palmeiras pós Parmalat.

Deixou o Palmeiras para ir jogar no Japão, em 2005, e quando retornou ao Brasil, em 2006, foi jogar no Corinthians, maior rival do Alviverde. Por causa disso, até hoje, o sentimento do palmeirense pelo ex-jogador, não é dos melhores.

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No Podcast “Storicast”, Magrão comentou sobre essa ida para o Corinthians e contou que isso só aconteceu porque o Palmeiras não quis contratar ele de volta.

“Em 2006 eu queria voltar ao futebol brasileiro. Recebi uma sondagem do Internacional mas eu queria retornar para São Paulo, pra ficar perto da minha família. Mas primeiro eu queria voltar para o Palmeiras, mas o Palmeiras não me quis de volta”, declarou o ex-volante, que em seguida, contou como apareceu o Corinthians.

“Ai quando surgiu o assunto de que eu queria voltar, o Corinthians veio. Mas eu liguei para avisar o Palmeiras antes. Eu falei: ‘olha, o Corinthians veio, fez uma proposta… e o diretor na época falou que eu podia ir pra lá. Mas eu liguei pro Palmeiras”.

Magrão contou que só aceitou ir para o rival por causa de sua família

“Eu liguei pro meu pai e falei: ‘pai, tenho uma proposta do Corinthians’, porque eu tava meio assim né, eu tinha uma boa relação com o torcedor do Palmeiras. Ai meu pai falou: ‘vou te contar uma história: o seu avô, antes de morrer, te pegou no colo e falou: ‘esse vai jogar no Timão’. Sabe o que é isso pra sua mãe?’ Ai eu peguei e fui”, relembra.

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Depois, o ex-jogador comentou sobre a chegada ao clube Alvinegro.

“Foi legal porque eu vivi dias de pop star. De chegar no aeroporto escondido porque a imprensa estava atrás… isso é uma coisa que é inesquecível. A única coisa que eu pedi, foi que no Corinthians, quando chega jogador top, eles ligam a sirene no salão nobre. E eu via isso de moleque. Chegou Marcelinho Carioca, sirene, chegou o Neto, sirene… e o meu ídolo era o Neto. Então essa era uma exigência, que pra eles não era nada”.

Por fim, Magrão relata como ficou a relação com o Palmeiras depois disso.

“O Palmeiras queria me matar. Porque eu cheguei, já veio um cara da gaviões colocar um boné na minha cabeça: ‘você é gaviões’. Na hora fiquei sem graça e pronto, o telefone não parava. Os caras vinham: ‘filho da p…’, mas não fui eu que puis o boné. Os caras vieram, eu ia falar não?”, relembrou o volante, que emendou:

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“Eu vivi 4, 5 dias de pop star. Só dava eu nos jornais. Um lado me amando e o outro querendo me matar. Mas foi legal”, conclui.

Magrão não chegou a conquistar títulos pelo Timão. Ele deixou a equipe em 2007, quando foi para o Internacional. O jogador encerrou a carreira em 2015, quando atuava no Novo Hamburgo.