Diferente do que muitos pensam, Nasser Al-Khelaifi não nasceu rico. Ele vem de família simples, na qual seu avô paterno, Abdallah, tinha um trabalho de pescador de pérolas e era responsável por praticamente toda a renda da família.
Conforme os anos foram passando, as pérolas naturais foram substituídas no mercado por sintéticas, e os Al-Khelaifi mudaram de ramo, migrando para a pesca comum.
Um dia, Nasser, que tinha apenas 5 anos, estava acompanhando seu pai, Ghanem, em uma expedição de pesca quando uma tragédia esteve perto de acontecer. Eles estavam em alto mar e uma corda se enroscou no motor do barco, que pifou.
Pai e filho ficaram três dias sozinhos no mar, sem nehuma água doce, até finalmente serem resgatados por um navio que passou por perto e os avistou. Sobre esse episódio, Nasser disse:
“Eu ainda lembro até hoje nossa sensação de felicidade quando vimos aquele barco no horizonte. Até hoje, eu considero esse como o dia mais feliz da minha vida, porque achei sinceramente que não iríamos sobreviver.”
A carreira de Nasser até chegar ao PSG
Os anos se passaram e Nasser se dedicou a carreira de tenista, mas não teve muito sucesso. Após desistir da carreira profissional no esporte, ele se formou em economia na Universidade do Catar e, em 2008, conseguiu um cargo de presidente da Federação Catari de Tênis, cargo que ele ocupa até hoje.
Tal função foi concedida a Nasser através da família Al Thani, clã com o qual ele criou fortes laços. Essa proximidade com os Al Thani abriu várias portas e possibilitou inúmeras oportunidades ao jovem Nasser.
Quando os donos do trono do Catar resolveram investir pesado no esporte, ao comprar o Paris Saint-Germain, Nasser foi designado ao cargo de presidente do QSI, Qatar Sports Investments, que é o fundo responsável pela gestão do PSG e também do clube francês.
No ano de 2013, Al-Khelaifi teve mais uma responsabilidade, depois de ser nomeado como ministro sem pasta no Governo do Catar. Em outras palavras, ele não tem nenhuma função específica, pois serve mais como um conselheiro e “faz tudo” da família Al Thani.
No início de 2014, houve a separação da gigante de mídia Al Jazeera, que foi dividida entre noticiário e esportes. O setor esportivo passou a ser chamado de beIN Sports, e Nasser foi escolhido como presidente e executivo-chefe da emissora.
Nos dias atuais, ele está no comando, além da Federação Catari de Tênis, da QSI e do Paris Saint-Germain, de um enorme conjunto de 22 canais de esportes, que fazem transmissões no Oriente Médio, na África, na Europa, na América do Norte, na Oceania e no Leste da Ásia.

