Romário sobre candidatura à reeleição: “O candidato do Bolsonaro sou eu”
Declaração foi feita em meio a disputa travada entre o senador e o deputado federal Daniel Silveira pelo apoio do presidente da República
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Romário, que está filiado ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, banca que contará com o apoio do chefe do Executivo na sua candidatura à reeleição. No entanto, ele tem uma pedra no caminho. Ela se chama Daniel Silveira. Deputado federal de primeiro mandato que caiu nas graças dos bolsonaristas após entrave com o Supremo Tribunal Federal.
Silveira está filiado ao PTB, partido que também deve apoiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro. O parlamentar, apesar de não ter oficializado sua pré-candidatura ao Senado Federal, diz a aliados que gostaria de tentar a vaga em disputa esse ano. O deputado ganhou protagonismo nacional ao ser preso a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes por supostas ofensas e ameaças ao magistrado. Bolsonaro, após condenação, o concedeu graça presidencial, uma espécie de indulto singular.
O ex-jogador avalia que caso o presidente apoie Silveira ele estaria pulverizando o voto dos conservadores. O que abriria caminho para eleição de um candidato de esquerda. O senador Flávio Bolsonaro, amigo dos dois que estão na disputa, é quem está aconselhando o pai a qual decisão tomar.
“O candidato do Bolsonaro ao Senado no Rio sou eu. O presidente está filiado ao PL. Eu estou filiado ao PL. Daniel Silveira tem o direito de pretender receber o apoio, mas não acredito que o presidente vá fazer isso. Se Bolsonaro pedir voto para os dois, vai acabar beneficiando a esquerda”, afirmou Romário à coluna do Guilherme Amado do portal Metrópoles.
O “Baixinho” foi eleito senador em 2014 com 63% dos votos dos fluminenses, o que representa mais de 4 milhões e 600 mil eleitores. Já o deputado foi eleito em 2018, na onda Bolsonaro, com um pouco mais de 31 mil votos. Obviamente não dá para comparar os votos de forma quantitativa. A eleição para o Senado é uma disputa majoritária, ou seja, cada partido só pode indicar um candidato, ao contrário da disputa para deputado, a qual é uma minoritária.

