Os promotores que trabalham no caso de Sebastián Villa, atacante do Boca Juniors, solicitaram a prisão do colombiano por conta da denúncia de “abuso sexual com acesso carnal” que uma jovem fez há duas semanas. Como resultado, o jogador poderá ter sua prisão decretada na Argentina.
O juiz Javier Maffucci Moore, que está conduzindo o caso, terá que decidir se concede ou rejeita o que foi solicitado pelos promotores. A Justiça tem cinco dias para fazê-lo e comunicar a decisão. O pedido é realmente contundente, pois para solicitar a prisão na Argentina na fase de investigação, uma das seguintes condições deve ser cumprida. De acordo com o código de processo penal do país vizinho, o pedido de prisão só pode ser realizado se o réu impedir a investigação normal ou apresente risco de fuga. Contudo, a avaliação é que o colombiano não atenderia a nenhuma das duas situações.
No entanto, a acusação defende a tese que “esta provada a prática do crime”. Logo, os promotores afirmam preencher os requisitos para “suspeitar ter participado na prática”, para o que pede o mandado de detenção nos termos do artigo 151.º o referido código.
A denúncia sobre Villa
Embora a perícia psiquiátrica sobre a mulher fosse esmagadora devido aos indicadores de abuso sexual que ela apresentava (angústia, estresse pós-traumático, transtornos), a Justiça está dividida por conta das testemunhas. Quatro pessoas convocadas para depor contrariaram fortemente o que foi afirmado na homologação da denúncia.
Primeiro foi o ginecologista e depois o residente que a tratou na enfermaria do hospital. Se tivessem confirmado o que foi relatado, a prisão do colombiano seria a lógica, mas o médico nem se lembrava de ter atendido a menina e disse que só podia mencionar o que havia registrado no livro de plantão. Lá não mencionou lesões compatíveis com abuso sexual.
Sebastián Villa não foi ouvido pela polícia ainda. A definição sobre a prisão ou não ocorrerá antes do depoimento do jogador.

