Home Futebol Botafogo: Depois de invasão, titular recém-contratado pede para deixar o clube

Botafogo: Depois de invasão, titular recém-contratado pede para deixar o clube

Torcedores invadiram o Centro de Treinamento para pressionar jogadores do Botafogo após sequência negativa de resultados

Rafael Alves
Jornalista formado em 2022 pela Universidade Cruzeiro do Sul. Produtor de conteúdo para internet desde 2017, iniciou no Torcedores em 2018 e cobriu uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Atua também nas áreas de Fórmula 1 e Valorant.

O Botafogo passou por uma manhã crítica nesta quarta-feira (15). Após ser derrotado pelo Avaí, em casa, pela 11ª rodada do Brasileirão Série A, o clube carioca viu os torcedores invadirem o Centro de Treinamento nas últimas horas e causarem pânico no elenco.

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Isso tudo acabou com um pedido de Victor Sá para deixar o Botafogo, de acordo com o Lance!. Apesar de o treino ainda não ter começado, o jogador era um dos poucos presentes no Espaço Lonier. Logo depois, ele teria avisado à diretoria que não gostaria de atuar mais pelo clube.

Com passagem pelo Wolfsburg, da Alemanha, o jogador foi contratado pelo Glorioso vindo do Al-Jazira, dos Emirados Árabes. De acordo com o jornalista Venê Casagrande, Victor Sá teria avisado aos familiares e ao staff que se sentiu incomodado com a ação dos torcedores.

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A diretoria do Botafogo agora estuda a possibilidade de convencer o atleta a permanecer no elenco. Não há nenhuma decisão concreta, mas o episódio teria afetado muito a confiança de Victor Sá no futebol brasileiro. Aos 28 anos, o Glorioso é o primeiro clube no Brasil na carreira do atacante.

Além de Victor Sá, Del Piage, Diego Gonçalves, Kayque e Lucas Fernandes também estiveram presentes no CT no momento da invasão.

Veja a nota oficial do clube

“O Botafogo vem a público se manifestar sobre a invasão de torcedores organizados na manhã desta quarta-feira (15) ao local de treinamentos da equipe profissional. O Clube repudia veementemente a forma como funcionários e atletas foram ameaçados, intimidados e hostilizados dentro de um ambiente privado, de trabalho, e no exercício de suas funções. É inadmissível e o Botafogo não vai aceitar este tipo de ocorrência. Assim como sabe que os envolvidos não representam a torcida alvinegra. 

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A polícia foi acionada e a equipe operacional está monitorando a situação para que sejam tomadas as providências cabíveis. O Clube aguarda medidas severas dos órgãos competentes. O futebol brasileiro não pode mais se sujeitar a este tipo de episódio, que tem sido recorrente em diversos clubes do país.

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Protestos são válidos e aceitos, mas desde que não extrapolem o ambiente de civilidade. Os torcedores têm todo direito de se manifestarem, mas atitudes como essa, com invasão e ameaças, prejudicam a equipe e os projetos que estão em curso.

Ações internas estão sendo realizadas diariamente, com todos os envolvidos no futebol, visando encontrar soluções que gerem melhores resultados em todos os setores. Entendemos o momento complicado em campo. Diretoria, comissão técnica e funcionários estão imbuídos com o projeto de desenvolvimento da SAF e todos estão mobilizados para buscar os melhores caminhos para a Botafogo

Sobre reportagem veiculada na coluna de “Ancelmo Gois”, de O Globo, o Clube nega as ilações de falta de comprometimento dos atletas e os fatos apresentados, tentando entender as reais motivações por trás da notícia. O Botafogo não vai permitir que a dignidade e a credibilidade do trabalho de seus profissionais sejam colocadas à prova por uma reportagem que sequer cumpriu o papel básico do jornalismo: ouvir o outro lado.

A SAF segue com o seu propósito de resgatar o Botafogo e não vai medir esforços para isso. Independentemente de uma fase ruim, as ideias e o projeto seguem inabaláveis e certo de que um caminho sólido está sendo construído.”

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Rizek detona postura da torcida do Botafogo

O apresentador do SporTV utilizou a sua conta no Twitter para criticar a torcida do Botafogo.

“Bizarra a invasão e intimidação no CT do Botafogo. Os clubes precisam se unir contra algo que é comum a todos eles. Precisam cortar as asas de torcidas organizadas que abraçam a violência. Bani-las dos estádios. Cortar qualquer tipo de ajuda ou facilitação. Chega dessa várzea”, publicou.

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