Nos minutos finais da prorrogação diante do Peru, o técnico da Austrália, Graham Arnold, fez uma arrojada estratégia visando a decisão por pênaltis. Surpreendentemente, trocou o goleiro, o capitão Mathew Ryan, pelo reserva Andrew Redmayne. Então, o arqueiro chamou a atenção por seus movimentos de dentro do gol, durante as cobranças das penalidades. Saltitava sobre a linha, agitando braços e pernas, lembrando boneco de posto ou um dançarino de frevo. Ao defender o chute de Varela, garantiu a Austrália na Copa do Mundo. Da mesma forma, desconcentrou Advíncula, que cobrou na trave.
Redmayne tem 33 anos e defende o Sydney FC desde 2017, sendo campeão nacional por três vezes no clube. O goleiro de 1,94m construiu a carreira no futebol australiano, de onde nunca saiu. Na juventude, por muito pouco não foi contratado pelo Arsenal. Sua performance chamativa contra o Peru foi apenas a sua terceira aparição pela seleção de seu país, que começou a defender em 2019. Andrew Redmayne deverá disputar sua primeira Copa no fim do ano.
Holanda realizou estratégia igual em 2014
Não foi a primeira vez que um goleiro entrou na prorrogação a fim de encarar as penalidades máximas. Na Copa de 2014, Holanda e Costa Rica disputaram uma vaga na semifinal. O técnico holandês Louis Van Gaal substituiu Cilensen por Krul no fim do tempo extra. O goleiro reserva defendeu o tiro de Bryan Ruiz e colocou a Laranja Mecânica na semifinal do Mundial do Brasil.

