Depois dos jogadores, agora é a vez dos árbitros virem a público revelar a homossexualidade. Na última quinta-feira, os escoceses Craig Napier e Lloyd Wilson tornaram-se nos primeiros europeus a assumir publicamente a orientação sexual para o grande público. O passo é uma quebra de tabu dos homens do apito e a repercussão foi grande na comunidade do futebol.
“No momento em que vivemos este tipo de coisas ainda têm de ser notícias para ver se o clima em volta do futebol muda e permite a todos os que trabalham nele viverem sem segredos. É importante que mais como eu venha fazê-lo publicamente”, disse Napier em conversa com a federação escocesa.
A “revelação” foi feita em entrevista aos canais oficiais da Federação Escocesa de Futebol. A entidade apoiou os apitadores e prestou o serviço de divulgação da conversa. Na entrevista, os árbitros abordaram a decisão de serem transparentes com o público. A resposta pareceu positiva da sociedade.
No último 16 de maio, Jake Daniels foi terceiro jogador profissional em ação que se assumiu publicamente como homossexual. O inglês de 17 anos seguiu os exemplos do norte-americano Collin Martin (2018, agora atua nos San Diego Loyal) e do australiano Joshua Cavallo (2021, está nos Adelaide Unietd). A quebra de tabu é uma das bandeiras levantadas pelos atletas.
O combate a homofobia é uma realidade dentro do esporte. No Brasil, os clubes já lançaram campanhas e orientações aos seus torcedores para mudanças de comportamentos. Termos homofóbicos, por exemplo, são combatidos diariamente. A CBF já deixou claro que punições poderão ser aplicadas em caso de registros de ações preconceituosas.

