Home Futebol Aos 38 anos, ex-lateral do Fluminense que deu chapéu em Romário deixa aposentadoria para jogar em clube da Série A2 do Cariocão

Aos 38 anos, ex-lateral do Fluminense que deu chapéu em Romário deixa aposentadoria para jogar em clube da Série A2 do Cariocão

Cria do Fluminense, Arílson atuou ao lado de Romário, Edmundo, Roger Flores, Ramón Menezes e Léo Moura em 2004

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Antes de mais nada, a Cabofriense, que não faz boa campanha na Série A2 do Campeonato Carioca, contratou um velho conhecido do torcedor do Fluminense para evitar que o time seja rebaixado para a terceira divisão: o lateral-direito Arílson.

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O Torcedores.com apurou que o presidente da Cabofriense, Valdemir Mendes, convidou o jogador para deixar a aposentadoria para retornar ao clube após 11 anos. Arílson assinou contrato com clube até o fim da disputa da segundona.

Aos 38 anos, Arílson deixou o futebol em dezembro de 2018 após não renovar com o Duque de Caxias, mas desde então dava indícios de que não estava satisfeito com as “férias forçadas” e procurava um projeto que permitisse seu retorno aos gramados.

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No Rio de Janeiro, Americano chegou a sondar o jogador, mas o lateral-direito não ficou satisfeito com a proposta apresentada pelo clube. Nesse meio tempo, Arílson passou a treinar com um personal trainer na Praia do Forte, em Cabo Frio, a fim de manter a forma física.

“Após 11 anos estou de volta a Cabofriense muito feliz e motivado para esse novo desafio. Obrigado a todos os familiares, amigos, parceiros e seguidores que acompanharam minha carreira e estão sempre na torcida por mim”, disse o jogador em seu perfil no Facebook.

Arílson deve fazer sua reestreia pela Cabofriense na partida contra o Gonçalense, dia 22, no Estádio Elcy Rezende, em Cabo Frio. O jogo é válido pela primeira rodada do 2º turno da Série A2 do Campeonato Carioca.

Cria de Xerém, Arílson ganhou fama por chapéu em Romário

Cria das divisões de base do Fluminense, Arílson surgiu na geração que revelou os zagueiros Antônio Carlos e Rodolfo, os laterais Jancarlos e Ulisses, os meias Arouca, Diego Souza e Toró e, os atacantes Alex Terra, Marcelo Macedo e Rodrigo Tiuí.

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Em 2004, ele foi promovido ao elenco principal pelo técnico Ricardo Gomes após se destacar pela equipe sub-20 tricolor no mesmo ano. Com isso, passou a disputar com ninguém menos do que Leonardo Moura por uma vaga na lateral-direita.

Além do camisa 2, Arílson atuou ao lado dos astros Danrlei, Odvan, Ramón Menezes, Edmundo e Romário. Durante um treinamento nas Laranjeiras, ainda desconhecido da torcida tricolor e com apenas 20 anos, deu um chapéu no Baixinho.

O episódio, é claro, teve grande repercussão nos principais veículos de comunicação da época. Coincidência ou não, o defensor ganhou moral junto à comissão técnica e, por isso, passou a ser relacionado para o banco de reservas nos jogos do Fluminense.

“Eu não tentei, eu dei um chapéu no Romário. Foi isso que eu disse para a imprensa quando me perguntaram. Eu tive a oportunidade de receber uma bola e dar um chapeuzinho nele. Ele ficou sem graça, sem jeito. A gente não sabe direito o que faz. Depois, o pessoal vai comentando. Mas acredito que ele não ligou, não (risos)”, disse ao site “GE.com” à época.

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Arílson virou cigano da bola

Arílson deixou o Fluminense em 2005. Ele perdeu espaço no elenco tricolor com a chegada do técnico Abel Braga que pediu a contratação de Gabriel, ex-São Paulo, para ser titular e, Schneider, ex-Volta Redonda para ser o reserva imediato.

Logo após deixar as Laranjeiras, o defensor passou por diversos clubes do futebol carioca, como Boavista, Duque de Caxias, Bonsucesso e Cabofriense. Além disso, soma passagens por Remo, Operário Ferroviário, Grêmio Barueri, Villa Nova, Ipatinga e River-PI.

No exterior, o lateral-direito defendeu três clubes de Malta: Mosta FC, Mqabba FC e Zebbug Rangens. E também atuou por duas temporadas com a camisa do Damash Guilan – uma das equipes mais populares do Irã.

Atualmente, Arílson tem investido o dinheiro, que fez em 14 anos de carreira, fora do futebol. Ele é dono de uma cafeteria em Arraial do Cabo. Além disso, é proprietário de uma loja que vende prata em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, onde reside atualmente.

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Melhores momentos da goleada histórica do Fluminense na Sul-Americana. Veja o vídeo!

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