Nos próximos dias, a FIFA espera se reunir com outras federações esportivas para analisar as regras de jogadores transgêneros. Foi confirmado a informação por um porta-voz da entidade ao portal alemão DPA nesta terça-feira (21). A decisão pela reunião é após a Federação Internacional de Natação (FINA), além da Liga Internacional de Rugby (IRL) excluirem atletas trans de competições na modalidade feminina.
Também foi divulgado que a federação de atletismo (World Athletics), junto ao seu presidente, Sebastian Coe, pretendia seguir o mesmo caminho. No caso da entidade maior do futebol, as fontes ligadas disseram que o regulamento está atualmente sendo revisado, com foco na elegibilidade de gênero.
“A FIFA leva em consideração muitas partes interessadas (médicas, jurídicas, científicas/desempenho e direitos humanos), bem como a estrutura do COI de novembro de 2021 sobre justiça, inclusão e não discriminação com base na identidade de gênero e variações sexuais”, disse o comunicado.
A partir de agora, a FIFA passa a analisar “caso por caso”, levando em conta o compromisso da federação com os direitos humanos. Aqui no Brasil, Sheilla Souza é um exemplo de jogadora trans, sendo a primeira no país a atuar pelo futebol feminino nacional. Atualmente, a jogadora atua pelo Sha, equipe do Piauí.
Outro exemplo de jogadora conhecida por seguir o movimento trans é a canadense Quinn. A atleta de 26 anos, que também se denomina não binária, conquistou junto a seleção canadense a medalha de ouro no futebol feminino nas Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 2021. Na ocasião, a jogadora esteve em campo na partida final, quando venceram a seleção da Suécia na disputa por pênaltis.

