Home Automobilismo Fórmula 1: Ex-chefão comenta sobre polêmica com arma em aeroporto no Brasil

Fórmula 1: Ex-chefão comenta sobre polêmica com arma em aeroporto no Brasil

Bernie Ecclestone, ex-diretor da F1, explica condenação e condução policial no caso, após ter sido liberado por pagar a fiança

Luciano Ferreira
Jornalista formado pelo Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da Universidade Paulista e com especialização em Jornalismo Esportivo em curso pela Faculdade Cásper Líbero. Sou apaixonado por futebol e amo escrever. Desde 2018 escrevo para blogs e sites, além de produzir conteúdo sobre esportes em geral para o Torcedores.com, onde ingressei em 2020 e passei a ter uma maior regularidade nas publicações em 2022. Experiência com cobertura de futebol e basquete para a Wecel Mídia.

Bernie Ecclestone falou pela primeira vez a respeito da abordagem policial no Brasil. Por portar arma em sua bagagem, o ex-chefão da Fórmula 1 foi, portanto, detido por policiais no aeroporto de Viracopos, em Campinas.

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O caso ocorreu no dia 25 de maio. Na ocasião, os policiais encontraram uma pistola na bagagem de Ecclestone. Desta forma, o ex-chefão da F1 passou algumas horas sob custódia policial.

Contudo, os policiais o liberaram após o pagamento de fiança de R$ 6.060 mil. Segundo Bernie Ecclestone, a abordagem foi “amigável”, apenas para algumas interrogações.

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As divulgações das declarações do Ecclestone, as quais vieram à tona no último final de semana, foram feitas pela agência de notícias britânica PA.

As palavras do ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone

Ecclestone culpou a falta de segurança pública do Brasil como principal motivo para ele carregar uma arma no bolso. Além disso, disse que não tinha munição. Afirmou também que a arma se encontrava em sua bagagem por conta de um incidente.

“Eu tinha uma arma pequena, minúscula, como uma dessas que mulheres carregam na bolsa caso alguém tente atacá-las. Ganhei anos atrás de um mecânico da Fórmula 1; que disse que é bom levar [a arma] no bolso no Brasil porque eles estão assaltando as pessoas o tempo todo lá. Não tem balas nem nada, era apenas algo para exibir. Se funcionaria ou não, não sei porque nunca aconteceu comigo. Eu só tinha em casa e nunca andei com ela”, justificou.

“Mas eu estava brincando com isso em casa; fingindo prender alguém; e então tirei minha camisa (…). Deixei minhas coisas para serem embaladas e aquela camisa foi embalada com minha bagagem”, acrescentou.

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Abordagem policial

O ex-chefão da F1 detalhou como os policiais encontraram a arma. E que, mesmo abordando de forma amigável, os oficiais lhe comunicaram a necessidade de relatar o caso.

“Quando chegamos ao aeroporto, me pediram para ir à imigração porque eles escanearam nossa bagagem e disseram que parecia que havia uma arma. Eles disseram: ‘Não abriremos nada até que você esteja lá’. Cheguei, abrimos a mala, todos vasculhamos a bagagem; mas não conseguimos encontrar e finalmente encontramos. “Eu disse a eles o que era e eles disseram: ‘Agora temos um problema porque precisa ser relatado.’”

Ecclestone disse que o motivo do imbróglio foi o fato de não declarar, antes de embarcar, uma arma que não foi registrada. Por outro lado, não houve, no entanto, nenhuma violação das leis vigentes.

“Passamos uma eternidade tentando resolver isso para relatar as coisas, e então o aeroporto estava fechado e não podíamos sair até as 5h [na quinta-feira], então passei algumas horas agradáveis com a polícia. Mas foi tudo muito amigável, muito legal e havia muitos entusiastas da Fórmula 1 para conversar”, destacou o ex-diretor executivo da F1.

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“Eles não aceitavam dólares, então tinha que ser moeda local e eram R$ 6 mil; o que não era nada. Foi tudo muito embaraçoso para todos – muito agravamento por nada”, completou Ecclestone, que está agora em Portugal, após autorização para deixar o Brasil.