Home Automobilismo Houve exagero nas críticas à Ferrari, diz ex-piloto Gerhard Berger

Houve exagero nas críticas à Ferrari, diz ex-piloto Gerhard Berger

Ex-piloto Ferrari e um dos melhores amigos de Senna, Berger destacou resultado da equipe italiana em Mônaco e projeta ano positivo para o time

Por Bruno Bravo Duarte em 05/06/2022 20:17 - Atualizado há 3 anos

Gerhard Berger / Motorsport.com

A Ferrari foi alvo de críticas durante a semana, devido aos erros na estratégia de boxe do GP de Mônaco, que aconteceu no último domingo (29). De acordo com o ex-piloto de Fórmula 1 e também ex-Ferrari, Gerhard Berger, os julgamentos são exagerados.

A imprensa italiana realçou os erros da corrida e segundo os veículos de comunicação, a Red Bull pode estar mais perto do título de 2022.

Rumores dizem que o cenário incerto da Ferrari gerou uma série de instabilidades na equipe, o que coloca o trabalho do diretor Mattia Binotto em xeque.

A opinião de um ex-piloto

Em entrevista para o jornal italiano La Gazzetta Dello Sport, Berger, afirmou que existe um sentimento exagerado por parte dos torcedores.

Para o austríaco, a Ferrari merece ser parabenizada pelo desempenho do carro em Mônaco e o resultado final de Carlos Sainz e Charles Leclerc, segundo e quarto lugares respectivamente, não representa um grande obstáculo para o time.

Por fim, o ex-piloto citou a boa fase de Sergio Perez da Red Bull, que venceu a corrida na pista do principado. Para Berger, o espanhol Carlos Sainz da Ferrari não pode ser subestimado e é possível que o piloto também possa crescer no decorrer do ano.

Sobre Gerhard Berger

Gerhard Berger fez a sua estreia pela ATS, em 1984 e correu também pela Arrows, Benetton, Ferrari e McLaren. A primeira vitória aconteceu no GP do México de 1986, a bordo de uma Benetton.

O austríaco teve o seu primeiro contato com a Ferrari em 1987 e o seu trabalho foi essencial para o desenvolvimento do câmbio semiautomático, até então, inédito. A peça foi adotada pela Ferrari em 1989 e deu a vitória ao inglês Nigel Mansell na primeira etapa do ano: o GP do Brasil, que era realizado no extinto autódromo Nelson Piquet, na cidade do Rio de Janeiro.

O pior acidente de Gerhard Berger aconteceu no mesmo ano, no Grande Prêmio de San Marino, em Imola. O piloto perdeu o controle de sua Ferrari após problemas mecânicos e se chocou a 260 km/h na curva Tamburello. Na ocasião, o carro do austríaco explodiu e os fiscais de pista conseguiram apagar o incêndio em 15 segundos.

https://www.youtube.com/watch?v=ebNTtqGPkvc
Acidente de Berger na Tamburello, o piloto retornaria ao cockpit no mesmo ano.

Vale lembrar, que Nelson Piquet sofreu um grave acidente no mesmo local em 1987 e Ayrton Senna perderia a sua vida na mesma curva em 1994.

No início da década de 1990, Gerhard Berger foi companheiro de Ayrton Senna na McLaren. Na equipe de Woking, o austríaco auxiliou o brasileiro em dois de seus três títulos: 1990 e 1991.

Amigos, Berger foi companheiro de Senna em 1990, 1991 e 1992

O piloto retornou para a Ferrari em 1993 e ficou até 1995 no time italiano. Encerrou a sua carreira pela Benetton, em 1997. Ao todo foram 10 vitórias, 48 pódios e 12 pole positions.

A próxima etapa do mundial de Fórmula 1 é o Grande Prêmio do Azerbaijão, que acontecerá no próximo dia 12 de junho.

Clique aqui e leia mais notícias sobre o automobilismo.

Exit mobile version