A distância financeira de Palmeiras e Flamengo para as outras equipes tem crescido ano após ano. Essa informação ficou ainda mais evidenciada com o novo levantamento de dados realizado pela consultoria Convocados em conjunto com a XP Investimentos.
As análises foram em cima de 26 clubes da Série A e Série B do Brasileirão relacionadas ao ano de 2021. Atípico, o ano passado concentrou receitas de dois anos, já que a pandemia fez com que a temporada 2020 atrasasse e fosse finalizada somente ao início de 2021.
Números financeiros do Palmeiras e Flamengo
Os clubes que estão no relatório geraram R$ 6,6 bilhões em receitas totais, dos quais Palmeiras e Flamengo receberam 1/3. Os cariocas tiveram rendimentos de R$ 1,053 bilhão e o Palmeiras R$ 911 milhões.
Ao analisarmos somente as receitas de TV, os paulistas saíram na frente por conta das conquistas da Libertadores (2 vezes) e da Copa do Brasil. Os três triunfos acionaram cláusulas com bônus que estavam previstos nos contratos firmados com as emissoras.
Ao partirmos para o ranking de arrecadação com publicidade, o Flamengo vence com sobras. O rubro-negro arrecadou R$ 240 milhões enquanto o Palmeiras ficou em segundo lugar com R$ 190 milhões.
A única presença diferente na ponta da tabela se dá quando analisamos as receitas obtidas com vendas de atletas. O Grêmio figura em segundo lugar, com os cariocas na ponta e os paulistas em terceiro.
A presença dos dois clubes sempre a frente nos ranking econômicos gera preocupação a respeito do nivelamento das equipes:
“Ela (concentração de renda) seria prejudicial se os dois ganhassem tudo em dez anos. Vemos que o Atlético-MG já ganhou. Ainda não é prejudicial. Se houvesse um projeto, em que os dois fossem muito bem estruturados, hoje, o Palmeiras é. O Flamengo parecia (estruturado), e oscilou. Seria prejudicial se fosse o caso, de ganhar muito, mas não é”, analisou César Grafietti, economista-chefe do estudo ao Uol Esporte.

