Defender pênaltis não é raridade na carreira de Agustín Rossi, goleiro do Boca Juniors que defendeu a cobrança de Roger Guedes no primeiro tempo do empate por 0 a 0 com o Corinthians, na noite desta terça-feira, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.
Os números são fora do comum: segundo os jornalistas Leandro Aguilera e Gus Berlinga, da emissora argentina TyC Sports, o Boca teve 11 pênaltis marcados contra si com Rossi no gol: foram seis defesas do goleiro e cinco gols.
Em séries decisivas, o desempenho cai um pouco, mas ainda é impressionante: são 33 cobranças, com 21 gols, sete pênaltis defendidos e cinco cobrados na trave ou para fora.
Antes das cobranças, Rossi se notabilizou por um ritual, registrado por Aguilera das tribunas de imprensa da Neo Química Arena. No vídeo abaixo, é possível ver que Rossi alterna palmas e os braços esticados, relaxa os músculos do pescoço, sempre olhando fixamente para o cobrador.
No caso da cobrança de Guedes, o goleiro permaneceu imóvel até a hora do chute, batido à meia altura, no canto direito, com força. Como a bola não foi tão alta e nem tão no canto, Rossi se esticou e conseguiu espalmá-la.
A imprensa argentina registra ainda que Rossi costuma estudar os cobradores das equipes que enfrenta. Guedes já registrava dois gols de pênalti em duas tentativas anteriores pelo Corinthians, contra o Bahia, no Brasileirão Série A, e o Palmeiras, no Paulistão, ambas cobradas também no canto direito – nessa última, o goleiro Weverton até acertou o canto, mas o chute saiu mais alto, rente ao travessão,, indefensável.
O Boca volta a enfrentar o Corinthians na terça-feira que vem, em La Bombonera, no jogo de volta. Como não existe mais o critério do gol fora de casa, qualquer empate leva a decisão para os pênaltis.
Antes disso, porém, o Timão volta a jogar pelo Brasileirão Série A. No sábado, às 16h30, a equipe enfrenta o Fluminense, no Maracanã, pela 15ª rodada. Com 26 pontos, o Corinthians é o vice-líder, a três pontos do Palmeiras.
