Há quase 2 anos no comando do Palmeiras, Aber Ferreira viveu muito mais momentos positivos do que negativos. Agora, depois de conquistar um Campeonato Paulista, uma Recopa, uma Copa do Brasil e Duas Libertadores, o treinador contou uma história curiosa sobre sua assinatura de contrato.
Quando estava no PAOK, da Grécia, o português foi procurado por dirigentes do Palmeiras com uma oferta de trabalho. Ao debater com a família sobre a ideia, Ferreira ouviu uma negativa de sua esposa sobre a ida ao Brasil.
Como conta o comandante ao “Coaches Voice”, a diferença de culturas entre o país e a Gréca (onde morava) e também as incertezas que o famoso cenário brasileiro, onde treinadores não ficam muito tempo no mesmo clube, assustou sua família:
“Meus pais disseram: “Não vás! Não vás! Não vás!”. A minha mulher disse: ‘Não vás! Não vás! Não vás!” Eu disse-lhe: “Se tu gostas de mim, vais continuar a gostar, mas eu vou’. Fui contra toda a minha família. Ninguém queria que eu viesse. Ninguém. Eu vim, única e exclusivamente por convicção própria. Mesmo sabendo que a média de permanência dos treinadores no Brasil são três meses”.
O foco de Abel no Palmeiras sempre foi o mesmo
Apesar de tudo, Abel garante que segue mantendo a mesma convicção do começo. O foco se dá nas relações pessoais e não em títulos:
“Meus valores não mudaram nada desde que cheguei aqui. A única coisa que mudou é que tenho mais títulos. E as pessoas te reconhecem mais. Mas os meus princípios e a minha maneira de ser são exatamente iguais. Eu não consigo me lembrar dos troféus. Consigo me lembrar dos relacionamentos, dos afetos que criamos aqui, da família. A Libertadores, a taça, não é isso que me vem à mente. Vem todo o trabalho, todo o sofrimento, o atravessar o Atlântico e deixar a minha família para trás”, ressaltou Abel.
O Palmeiras é líder do Campeonato Brasileiro. O Verdão vem de 3 vitórias seguidas e está isolado na ponta da tabela.

