O time comandado por Fabián Bustos vem se destacando nas competições nacionais (Brasileirão da Série A e Copa do Brasil) e internacionais (Copa Sul-Americana). Para muitos analistas, o desempenho está acima do elenco que o técnico argentino tem.
Tudo indica que esse time não deve ter sustos no Brasileirão da Série A, principalmente depois do bom desempenho frente ao Palmeiras, bicampeão da Libertadores, e que hoje está entre as melhores equipes do continente.
Para criar esse time competitivo Bustos arrumou um setor em especial.
Defesa
Peixe levou apenas seis gols e exige que clubes chutem mais de 20 vezes contra seu gol até marcar
Depois de um péssimo começo de ano, quando sofreu 19 gols em 12 jogos no Campeonato Paulista, o Santos conseguiu reforçar sua defesa após a chegada do técnico Fabián Bustos e neste começo de Brasileirão, pode ser considerada o mais resiliente dos setores defensivos entre todos os times do campeonato.
Nas primeiras rodadas, o Peixe foi a segunda melhor defesa, com seis gols sofridos, apenas um a mais que o Palmeiras. E foi a que mais resistiu a finalizações: segundo dados do Footstats, o time sofre 21,3 finalizações a cada gol sofrido, liderando a tabela nessa estatística.
O Palmeiras vem em seguida, 20 finalizações a cada gol sofrido. A conta leva em consideração o número de finalizações dos adversários dividido pelo número de gols sofridos. Nos oito jogos que disputou, o Peixe sofreu 128 finalizações, sendo 92 certas e 36 erradas.
Sobe e desce no elenco
Após a chegada de Bustos, entre os jogadores que ganharam mais espaço estão o zagueiro Maicon, que deu mais consistência ao setor defensivo, e Leo Baptistão, que deu mais experiência e força física no ataque santista.
Entre os que perderam lugar na equipe estão o volante Camacho e o lateral-esquerdo Felipe Jonatan. Porém, entre os destaques santistas, quem mais perdeu espaço no time de Bustos foi a jovem promessa santista Gabriel Pirani.
A joia da base santista, que chegou a vestir a camisa 10 na temporada passada, quando disputou 60 partidas e marcou cinco gols, está jogando cada vez menos no atual Brasileirão da Série A.
Para muitos analistas, o principal motivo para a baixa participação de Pirani está na intensidade do jogador na marcação. O meio-campista não teria o perfil de muita participação que o time de Bustos exige. O técnico inclusive já falou em coletivas que utiliza o GPS para ver se os jogadores estão correndo como ele deseja — o técnico santista, em quase todos os jogos, faz as cinco alterações.
Nessa equipe de muita disposição física do técnico argentino, o jovem Pirani perdeu espaço.
