O espanhol Roberto Bautista Agut abandonou nesta quinta-feira o torneio de Wimbledon, terceiro Grand Slam no ano, ao testar positivo para covid-19. Ele é terceiro tenista a deixar o torneio, depois do italiano Matteo Ferrettini e do croata Marin Cilic, com a diferença de que ambos ainda não haviam estreado e puderam ser substituídos a tempo pela organização.
O caso de Bautista Agut, semifinalista de Wimbledon em 2019 e atual número 19 no ranking da ATP, é mais grave porque ele já havia jogado pelo torneio, na terça-feira, vencendo com tranquilidade o húngaro Attila Balazs por 3 a 0, parciais de 6/1, 6/0 e 6/3. Além disso, teve contato com outros tenistas, inclusive dividindo vestiários e quadras de treinos.
Quem se deu bem foi o colombiano Daniel Elahi Galan, que enfrentaria Bautista-Agut nesta quinta-feira, pela segunda rodada, e agora vai direto para a terceira etapa. No sábado, enfrentará o norte-americano Brandon Nakashima, que eliminou o canadense Denis Shapovalov por 3 a 1, parciais de 6/2, 4/6, 6/1 e 7/6 (8/6).
Na terça-feira, após a desistência de Matteo Ferrettini, vice-campeão do ano passado e considerado um dos candidatos ao título, a organização de Wimbledon estudou a adoção de novos protocolos para evitar o espalhamento do Sars-Cov2 entre os tenistas, mas não fez nenhum comunicado oficial.
No mesmo dia, a francesa Alize Cornet, 37ª no ranking mundial, afirmou que em Roland Garros a preocupação com o vírus havia passado batida pelos organizadores e sido objeto de uma espécie de pacto de silêncio entre os atletas. “No vestiário, muita gente tinha sintomas e ninguém dizia nada”, afirmou. Entre as mulheres, até agora não há notícias de casos positivos em Wimbledon.
