Home Futebol Copa América Feminina: Pia é primeira mulher campeã como técnica e celebra força da defesa

Copa América Feminina: Pia é primeira mulher campeã como técnica e celebra força da defesa

Treinadora do Brasil vê evolução desde o início do trabalho e espera bons resultados na Copa do Mundo de 2023

Fernando Cesarotti
Jornalista.

A conquista da Copa América Feminina à frente do Brasil fez a técnica Pia Sudnhage se tornar a primeira mulher campeã do torneio como treinadora, após nove edições da competição. E o Brasil, com seu oitavo título, fez história como a primeira seleção campeão sem sofrer nem um gol sequer.

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“É sempre muito bom fazer algo que ninguém conseguiu fazer antes. Não ceder gols é impressionante e isso se deve a uma defesa sólida, com jogadoras experientes como a Tamires”, disse a treinadora, destacando a lateral-esquerda titular na conquista. “Por tudo que já vi nos EUA, na China e na Suécia, em todas aquelas Copas e Olimpíadas, estou muito grata pela final e pela atmosfera que vivi aqui na Copa América”, contou a treinadora.

Pia admitiu que a seleção brasileira não teve uma grande atuação na decisão, que terminou com vitória do Brasil por 1 a 0, gol de Debinha, de pênalti. “Não conseguimos manter a posse no meio de campo. Elas roubaram a bola nesse setor e nós não mudamos o ponto de ataque para usar as alas e alargar o campo. A Colômbia fez um ótimo jogo e foi muito inteligente ao recuperar a bola, ir ao ataque e nos pressionar”, explicou a técnica.

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Brasil ainda precisa melhorar, admite técnica

Satisfeita com o esquema defensivo, Pia reconhece que o Brasil ainda não está no estágio ideal de preparação para a Copa do Mundo de 2023, próximo grande evento na agenda, “A defesa é sólida, mas precisamos de mais inteligência tática para mudar o jogo quando a situação se complica. As jogadoras que vêm do banco às vezes vão bem e, em outras, não vão como queríamos”, explicou Pia, que reclamou disso em várias partidas durante a competição.

Para ela, as jogadoras mais jovens ainda precisam de evolução. “Atletas mais novas, principalmente as brasileiras, têm muitos sentimentos. Se jogam com base nas emoções e vão bem, é fantástico. Mas se vão mal, precisam confiar na compactação e na tática. Para melhorar isso, precisamos de jogadoras experientes e de confrontos com adversários fortes”, pediu a técnica.

A Copa do Mundo de 2023 terá 32 seleções e será disputada de 20 de julho a 20 de agosto, com partidas em nove cidades: Perh, Sydney, Melbourne, Adelaide e Brisbane, na Austrália; Wellington, Auckland, Hamilton e Dunedin, na Nova Zelândia.