Em boa fase no Brasileirão Série B e com cálculos otimistas para o acesso à Série A depois de duas temporadas de insucessos, o Cruzeiro ainda tem dívidas com vários jogadores, técnicos e auxiliares que foram contratados pelo clube nos últimos anos, antes do estabelecimento da SAF.
Segundo levantamento do clube apresentado aos credores para um plano de recuperação, e replicado pelo site ge.globo, são 37 pessoas, entre jogadores, técnicos, assistentes e outros funcionários.
Todos passaram pelo clube nas últimas edições anteriores da Série B, mas os dois credores principais dessa lista, com direito a quase 30% do montante, já estavam no clube antes e participaram tanto de campanhas vitoriosas como do rebaixamento em 2019. São os casos do goleiro Fábio, hoje no Fluminense, cuja dívida admitida pelo Cruzeiro passa de R$ 20 milhões, e do zagueiro Léo, que está na Chapecoense, cujo débito passa de R$ 9,6 milhões.
Entre os técnicos, destacam-se Ney Franco, com mais de R$ 730 mil a receber, Enderson Moreira, mais de R$ 600 mil, e Felipe Conceição, cerca de R$ 540 mil. Até nomes inusitados aparecem na lista, como do ex-lateral Belletti, que passou pouco tempo na comissão técnica e ficou sem receber cerca de R$ 58 mil.
Esses profissionais não têm como cobrar a SAF do Cruzeiro por seus débitos. O que eles podem fazer é um acordo para o recebimento parcelado junto ao clube. Neste caso, a SAF deve repassar ao clube um percentual de seu faturamento que seria destinado ao pagamento de dívidas como essas, feitas pelo Cruzeiro Esporte Clube. Não há informações sobre acordo em andamento.
Dentro de campo, o Cruzeiro tenta manter sua vantagem na liderança da Série B neste sábado, diante do Brusque, em Santa Catarina, pela 21ª rodada. O time tem 45 pontos, oito a mais que o Grêmio, que já jogou e ficou no 0 a 0 com a Chapecoense, fora de casa, na última terça-feira.

