O tuíte do atacante Neymar, do PSG e da seleção brasileira, sobre o técnico Fernando Diniz trouxa à tona um antigo debate. Será que o profissional teria mais sucesso se lhe dessem mais tempo de trabalho nos clubes? Segundo a visão do craque, a resposta para essa pergunta é simples. Mas, no passado, o que se observou foi algo diferente disso.
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Hoje no Fluminense, o treinador tem mostrado que os seus times ainda podem ser competitivos apesar da inconsistência de resultados. O placar mais recente foi um convincente 3×0 sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão para mais de 50 mil pessoas. A vitória garantiu a classificação às quartas da Copa do Brasil e mais R$ 3,9 milhões nos cofres.
O Tricolor de Fernando Diniz soma sete partidas consecutivas sem perder nesta temporada, entre todas as competições. O último revés foi diante do Atlético-GO, no dia 11 de junho, quando o clube levou um 2×0 em casa logo depois de vencer o Atlético-MG por 5×3. Ambos os jogos foram válidos pelo Brasileirão Série A.
Adeus com goleada na Sul-Americana
Já na Copa Sul-Americana, o que sobrou foi a tristeza com a eliminação precoce ainda na fase de grupos. Em batalha “ponto a ponto” contra o Unión Santa Fe (ARG), os cariocas golearam o Oriente Petrolero (BOL) por 10×1 na última rodada, mas não avançou. “Esse grupo ainda pode buscar grandes coisas”, afirmou o técnico na época.
Todas essas emoções aconteceram em pouco menos de três meses de Diniz à frente do Fluminense. Essa é a segunda passagem do profissional pelas Laranjeiras e está longe de ser o seu trabalho mais longevo. Até porque, até agora, o clube que mais confiou no ex-jogador foi o São Paulo no período de 2019 a 2021.
Gosto muito do Diniz como treinador, uma pena que no Br não dão tempo suficiente.
— Neymar Jr (@neymarjr) July 13, 2022
Neymar tem razão sobre Diniz?
No outro Tricolor, o paulista, Fernando dirigiu a equipe em 77 jogos, sendo 36 vitórias, 20 empates e 21 derrotas (55,4% de aproveitamento). Quando foi demitido, em fevereiro de 2021, ele deixou o clube sendo o primeiro técnico desde 2015, com Muricy, a desenvolver um trabalho por mais de um ano no Morumbi.
E o legado é lembrado pelos torcedores do São Paulo até hoje com debates infindáveis sobre o saldo real da sua passagem. Sob uma ótima positiva, pode-se dizer que Diniz foi o “professor” que recolocou o time na rota dos títulos, como na vez em que liderou com folga o primeiro turno do Brasileirão em 2020.
Brasileirão escapou entre os dedos
Mas o que aconteceu a partir da conquista simbólica é o que assombra a cabeça dos tricolores até hoje. Isso porque, mesmo com a vantagem em mãos, a equipe caiu de rendimento e terminou a competição apenas na 4ª colocação. A sequência na reta final foi tão ruim que ele foi demitido antes da 38ª rodada após ficar seis jogos sem vencer.
Depois da passagem pelo Morumbi, dirigiu o Santos em 31 jogos (11V, 8E e 12D) e o Vasco em 12 duelos (4V, 3E e 5D). Esse último trabalho durou somente dois meses.

