Nesta terça-feira (19), a presidente Leila Pereira reprovou a arbitragem do clássico entre Palmeiras e São Paulo.
Esta é a primeira vez que a dirigente vem a público após a realização da partida no estádio Allianz Parque.
O jogo ficou marcado pelo fato da arbitragem de vídeo, o VAR, não ter checado um possível impedimento na origem do lance que resultou num pênalti cometido por Gustavo Gómez sobre Calleri.
A penalidade foi convertida por Luciano. O gol levou o clássico para a disputa de pênaltis. O Tricolor levou a melhor e avançou de fase.
“Venho a público demonstrar a minha total indignação com o fatídico evento que culminou na desclassificação do Palmeiras. Não é que hoje que o futebol brasileiro vem sofrendo com as mazelas da arbitragem, mas o Palmeiras entende que chegamos ao fim da linha”, iniciou Leila Pereira.
“Não resta mais qualquer dúvida de que houve erro de protocolo na arbitragem do jogo contra o São Paulo”, reforçou a mandatária.
“Assim como não há qualquer dúvida de que o atleta da equipe adversária estava em posição de impedimento, algo que a tecnologia detecta com extrema facilidade”, prosseguiu.
A dirigente também disse que o lance trouxe prejuízos esportivos e financeiros que são “irreparáveis” ao clube e apontou “gravidade extrema” no fato.
“Aquilo que podia ser feito, o clube fez. Enviou um ofício à CBF ressaltando a gravidade dos fatos e um novo ofício ao tomar conhecimento do áudio do VAR”, prosseguiu Leila Pereira.
Explicação da CBF irrita Leila Pereira
O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, afirmou que não poderia atender aos pedidos do Palmeiras e traçar as linhas para ver se, de fato, Calleri estava impedido antes de receber a bola e ser derrubado na área por Gustavo Gómez.
Os motivos são técnicos. “Quando a máquina vai ser usada novamente, ela precisa ser resetada. E isto foi resetado”, alegou Seneme.
O argumento irritou Leila Pereira. “Fomos surpreendidos com uma desastrada declaração”, disse.
Palmeiras não vai conseguir anulação do jogo
Leila Pereira também explicou que o jogo entre Palmeiras e São Paulo não poderá ser anulado por questões jurídicas.
“Não há mais medidas jurídicas que o Palmeiras possa tomar. Não houve erro de direito; houve, porém, irreparável e gravíssimo erro de fato”, observou.
A mandatária alviverde também disse que espera melhorias na arbitragem daqui pra frente. Além disso, pediu que os responsáveis sejam punidos.
“O Palmeiras deseja que este lamentável episódio tenha sido um divisor de águas na história da arbitragem no Brasil e pede que todos os envolvidos neste triste acontecimento sejam punidos de forma exemplar pela CBF, que tem também o dever de trabalhar pela profissionalização dos árbitros do país”, prosseguiu.
“Desta vez, o prejudicado foi o Palmeiras. Se não houver uma drástica mudança, cada vez mais times serão lesados, com perdas inestimáveis” projetou Leila Pereira.
“E com isso se esvai a credibilidade do nosso futebol, que já vem sendo questionada há muito tempo”, ressaltou.
“Imbuídos do sentimento coletivo que vem crescendo nos clubes, vamos buscar todos juntos a mudança. Somente assim, engrandeceremos e geraremos mais valor para o futebol brasileiro”, finalizou Leila Pereira.
Comunicado sobre o gravíssimo erro da arbitragem na Copa do Brasil ➤ https://t.co/opjsLBxQYn#AvantiPalestra pic.twitter.com/54181yDkPD
— SE Palmeiras (@Palmeiras) July 19, 2022
