Responsável pelo acidente fatal que vitimou o motociclista Eliezer Pena na última sexta-feira (22), o zagueiro Renan, do Palmeiras, pode ser julgado pelo Tribunal do Júri e ser sancionado com uma pena máxima de até 20 anos de prisão, caso seja enquadrado no artigo 121 do Código Penal, se o processo for classificado como homicídio doloso (quando há a intenção).
Cedido pelo Verdão ao Massa Bruta, o jovem jogador foi indiciado por homicídio culposo sob efeito de álcool, que tem uma pena menor, girando entre cinco a oito anos, e será julgado por um juiz e não pelo júri popular. Contudo, o Ministério Público, responsável pela denúncia à Justiça, pode mudar o teor do caso, se entender que Renan assumiu o risco de matar a vítima, caracterizando o dolo.
“Seria um exagero enorme, até porque existe o tipo específico do homicídio culposo sob efeito de álcool ou outra droga”, disse o advogado Marcus Valle, responsável por defender o jogador do Palmeiras. “O dolo eventual é uma exceção, se aplica em raríssimos casos. Tudo é possível, mas seria um erro tremendo”, complementou a defesa.
Segundo informações da polícia, Renan apresentava hálito com odor etílico no momento em que foi detido, e admitiu ter feito o consumo de gin em em uma festa na noite anterior. Orientado pelo advogado, o jogador do Palmeiras se recusou a fazer o teste do bafômetro. Em exame clínico feito horas depois do acidente, o jovem não tinha sinais de embriaguez.
Nas investigações das autoridades, o o defensor do Palmeiras invadiu a contramão na rodovia Alkindar Monteiro Junqyeira, em Bragança Paulista, atingindo o motociclista. Na depoimento, o jogador disse ter perdido o controle após ter cochilado ao volante.
Alguns torcedores do Palmeiras criaram uma Vakinha com o intuito de ajudar a família do Eliezer Pena, que veio a falecer na batida de carro com o Renan. pic.twitter.com/EgO2Nt4NE3
— Central do RB Bragantino (@CentralDoBraga) July 23, 2022

