A Ponte Preta registrou um ato de infração disciplinar junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) cobrando punição ao Criciúma por causa de ofensas racistas feitas por torcedores locais a seus jogadores durante o jogo entre as duas equipes, na noite de sexta-feira, pela 18ª rodada do Brasileirão Série B.
Os jogadores reservas que estavam se aquecendo relataram gritos de “macaco” e também terem sido alvo de objetos e líquidos lançados ao gramado. O árbitro Caio Max Augusto Vieira chegou a interromper a partida e registrou o assunto na sumula. Os jogadores precisaram de escolta policial para prosseguir no aquecimento.
Antes de voltar a São Paulo, o jogador Da Silva registrou as ofensas em um boletim de ocorrência numa delegacia de Criciúma.
“Diante do ocorrido, cobramos para que haja responsabilização pelo absurdo ocorrido. Não podemos naturalizar o racismo, tampouco admitir que um país conhecido pela sua habilidade no futebol, e no qual ele exerce influência marcante, seja palco para a disseminação de práticas dessa natureza, quando deveria ser utilizado como política inclusiva e educacional na luta contra o racismo”, disse o advogado da Ponte, Guilherme Righetto.
O Criciúma não se posicionou diretamente sobre a posição da Ponte de enviar o caso ao STJD. Na sexta, após a partida, publicou uma nota de repúdio em que informava já ter identificado os responsáveis e informado seus nomes à polícia. “O fato só reforça a importância da luta diária por um futebol sem ódio”, escreveu o clube.
