Home Tênis WTA cobra Wimbledon em R$ 5,3 milhões por afastar tenistas russas e bielorrussas

WTA cobra Wimbledon em R$ 5,3 milhões por afastar tenistas russas e bielorrussas

Entidade alega prejuízo e discriminação contra jogadoras que não têm ligação direta com a invasão da Ucrânia pela Rússia

Fernando Cesarotti
Jornalista.

A WTA (Women Tennis Association), entidade que organiza o circuito feminino de tênis, está cobrando uma multa de 827 mil libras (equivalente a R$ 5,3 milhões) dos organizadores de Wimbledon como resposta à proibição de tenistas russas e bielorrussas de disputar o torneio.

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A decisão havia sido anunciada em abril, tendo justificativa o embargo adotado pelo Reino Unido à Rússia como resposta à invasão da Ucrânia feita pelo governo Vladimir Putin. As atletas do país também não puderam disputar os torneios de preparação na grama, como Nottingham, Birmingham e Eastbourne – os dois primeiros conquistados pela brasileira Bia Haddad.

Já na ocasião a WTA anunciou que ia acatar a decisão, até porque cidadãos da Rússia e de Belarus não teriam entrada permitida em Londres, mas decidiu tirar o tradicional Grand Slam da contagem para seu ranking e prometeu “outras medidas”, alegando que o veto por país seria uma forma de discriminação contra atletas que não têm vínculo direto com as ações dos governos de seus países.

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“A WTA tem como princípio fundamental que atletas devem poder participar de eventos graças a seu mérito”, escreveu na época a entidade.

A decisão tirou de Wimbledon três top 20 do ranking feminino: a russa Daria Kasatkina, número 13 do mundo, e as bielorrussas Aryna Sabalenka, número 6, e Victoria Azarenka, hoje número 20, mas que já liderou a lista e foi duas vezes semifinalista na grama londrina.

Entre os homens, a ausência mais sentida é do atual número 1 do mundo, o russo Daniil Medvedev. Mas a ATP, que gerencia o circuito masculino, ainda não se pronunciou sobre algum tipo de compensação financeira – ou, se o fez, o assunto ainda não chegou a público.

Os organizadores prometem recorrer da decisão, com apoio do governo britânico, alegando que seguiram regras adotadas pelo país e que boa parte das competições internacionais também barrou as equipes nacionais de Rússia e de Belarus – como a Fifa, que eliminou a seleção da Rússia da repescagem para a Copa do Mundo do Catar.

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