Emerson Ferretti foi astro de times como a Bahia e Grêmio, mas no podcast “Nos Armários dos Vestiários” do GE acabou assumindo sua homossexualidade na tarde de ontem (19). Com declarações sobre como foram seus anos no esporte e após encerrar a carreira, recebeu enxurrada de apoio, confira.
Declarações de Emerson Ferretti no podcast
Aos 50 anos, Emerson Ferretti decidiu fazer grandes revelações durante o podcast. Ele disse que alguns dirigentes chegaram a cancelar negociações envolvendo o seu nome quando sabiam sobre a sexualidade do ex-goleiro. Por outro lado, o atleta também elogiou times como: Flamengo, Vitória, Juventude, América de Natal, Bragantino, América – RJ e o Ituano.
Em entrevista, o ex-goleiro disse: “A minha vida pessoal, a cada defesa que eu fazia, cada vez que eu me destacava mais dentro de campo, o buraco vazio aumentava também inversamente proporcional. Quanto mais famoso eu ficava, mais difícil se tornava ser gay dentro desse ambiente”.
Sobre sua época nos vestiários destacou: “O ambiente do futebol é muito hostil para um gay, muito mesmo. Eu fico imaginando quantos garotos desistiram de se tornar jogador de futebol por conta disso, por perceberem essa situação. Quantos talentos foram perdidos?”.
No entanto, encerrou a participação com esperança: “é possível ser gay, ídolo e ganhar títulos. Dá para ser um jogador talentoso. Dá para ter sucesso no futebol. Eu cumpri minhas obrigações dignamente. Fui profissional e entreguei desempenho”.
Apoio de ex-equipes
O perfil oficial do Bahia foi até suas redes sociais para mostrar apoio ao ex-jogador: “Máximo respeito, Emerson. O recordista de jogos seguidos pelo clube está no Hall de Ídolos do Museu do Bahia, é bicampeão do Nordeste, melhor goleiro do Brasil em 2001 e agora se torna mais uma importante voz na luta contra o preconceito. O futebol, como a vida, tem lugar para todos”.
Por outro lado, outra camiseta defendida pelo ex-goleiro foi a do Grêmio, que postou na conta oficial: “Um grande profissional dentro e fora de campo! Começou aqui, foi campeão gaúcho (89/90) e da Copa do Brasil (94) e também fez história em outros clubes pelo Brasil. Agora novamente merece aplausos e nosso apoio pela luta contra o preconceito. Pelo direito de amar e viver!”.
