Seria para Diego Loureiro ser emprestado pelo Botafogo ao Guarani para a sequência do Brasileirão Série B. Mas o goleiro desistiu da negociação e não foi para o Brinco de Ouro, um ato que revoltou a diretoria do time paulista, que protestou em nota.
No texto, o Bugre informou detalhes da negociação, citando que ‘surpresas negativas’ acabaram resultando no acordo não sendo concretizado. Sobre tais ‘surpresas’, o clube mencionou problemas com um dos agentes que trabalharam no negócio e uma recusa do jogador à proposta feita pelo time para sua contratação.
Nota oficial: Guarani se posiciona sobre a situação do goleiro Diego Loureiro https://t.co/CFVmxbdIjd
— Guarani Futebol Clube (@guaranifc) August 7, 2022
De acordo com o Guarani, o acerto foi feito entre as respectivas diretorias, mas um dos agentes que trabalhou na negociação (foram dois, de diferentes empresas, a intermediar a possível ida do goleiro para o clube) teria impedido que o jogador fosse para Campinas. O empresário, Miguel Pinho, alegou que existia uma proposta de um clube do futebol de Portugal e que Loureiro não deveria se apresentar ao Bugre por causa dela.
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A tal proposta acabou não se concretizando e Pinho teria avisado ao clube paulista que a negociação estava encerrada e que Diego Loureiro não viria. Além do agente, o clube citou na nota que o goleiro recusou a proposta salarial bugrina, que seria semelhante a que recebia no Glorioso, apontando uma suposta ‘mágoa’ deste em ter sido emprestado para outra equipe, além do pedido de uma cláusula de liberação caso o Guarani fosse rebaixado no Paulistão 2023.
O acordo entre o goleiro e o time de Campinas iria até o final do Campeonato Paulista, se fosse concretizado. Com o cancelamento da negociação, o jogador segue como atleta botafoguense e os paulistas atrás de um goleiro.
Confira a nota oficial do Guarani sobre a negociação com Diego Loureiro (extraída do site oficial)
O Guarani informa que o goleiro Diego Loureiro não fará parte do elenco bugrino na sequência da temporada e esclarece a situação envolvendo o atleta.
A negociação entre Guarani e Botafogo foi conduzida através dos responsáveis pelo departamento de futebol dos dois clubes: Rodrigo Pastana e André Mazzuco, como acontece em tais situações. Porém o clube se deparou com três ‘surpresas’ negativas após o acerto.
1) Houve a indicação de dois agentes de diferentes empresas para tratar da questão salarial e um deles (Miguel Pinho, proprietário de uma Agência de Representação de Atletas Portugueses) alegou, APÓS o acerto, que o atleta não deveria se apresentar em Campinas, pois o mesmo o conduziria ao futebol português, através de uma proposta que nunca chegou. Este mesmo representante proibiu o atleta de participar do treinamento no último sábado e foi quem avisou, neste domingo, que não haveria mais acerto e que o atleta já havia retornado ao Rio de Janeiro.
2) O atleta demonstrou insatisfação em receber os mesmos valores que recebia no último clube. Magoado com a posição da ex-equipe em emprestá-lo e, após a contratação de um novo goleiro por parte do clube de origem, o atleta exigiu um acréscimo nos valores acordados para assinar o contrato de empréstimo.
3) O atleta exigiu uma cláusula contratual de liberação após o Campeonato Paulista em caso de rebaixamento do Guarani.
O Guarani Futebol Clube é uma instituição tradicional, respeitada no futebol brasileiro e que tem zelado por cumprir todos os seus acordos. Não ficaremos reféns de profissionais que não querem ou, no caminho, percebem que não são capazes de vencer tal luta.
Também lastimamos que tais fatos sejam corriqueiros e consequência da falta de conduta profissional por parte de alguns atletas e agentes.
Por fim, agradecemos o empenho do Botafogo e sua Direção, que não tiveram qualquer responsabilidade nesse episódio, e estiveram à disposição para resolver a situação.

