Home Esportes Olímpicos Há 10 anos, Usain Bolt encantava o mundo com bi olímpico dos 100 m em Londres

Há 10 anos, Usain Bolt encantava o mundo com bi olímpico dos 100 m em Londres

Jamaicano ganhou sua quarta medalha de ouro em 5 de agosto de 2012, com a segunda melhor marca da história da prova

Fernando Cesarotti
Jornalista.

Há dez anos, o jamaicano Usain Bolt deixou o mundo de queixo caído mais uma vez e conquistou o bicampeonato olímpico dos 100 m rasos, a terceira medalha de ouro das oito que conseguiria na carreira.

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Bolt chegou para disputar os 100 m em Londres com uma pulga atrás da orelha. No ano anterior, no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, havia sido eliminado nos 100 m por queimar a largada – justo ele, conhecido por não largar tão bem, mas compensar isso com uma aceleração melhor que a dos concorrentes.

Ele já tinha no currículo, então, os ouros dos 100 m e 200 m rasos em Pequim, além da conquista no revezamento 4×100 m – que seria cassada em 2017, com a descoberta retroativa de doping de Nesta Carter, um dos membros da equipe. Tinha ainda cinco medalhas de ouro em Mundiais, em 2009 e 2011.

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Nos 100 m, Bolt era o dono o recorde mundial, 9s58, anotado em Berlim, no Mundial de 2009, e do recorde olímpico, 9s68, marcado em Pequim-2008, quando derrubara o recorde mundial pela primeira vez.

Bolt tinha companhia de alto nível

Mas as outras raias da pista de Londres também eram ocupadas por estrelas. Bolt largava na raia 7, entre dois norte-americanos, o ex-recordista mundial Jusin Gatlin e a promessa Ryan Bailey. Outro astro dos Estados Unidos, Tyson Gay, estava na raia 4, entre outros dois jamaicanos, o veterano Asafa Powell e o novato Yohann Blake.

Quando saiu o tiro, Bolt começou atrás e Gatlin assumiu a liderança. Mas o astro acelerou e não parou mais: tomou a ponta por volta dos 50 m e, enquanto os demais desaceleravam, continuou com ritmo total. Resultado: 9s63, novo recorde olímpico, até hoje o segundo melhor tempo da história, e mais uma medalha de ouro para Usain Bolt.

Blake foi prata, com 9,75, e Gatiln bronze, com 9s79. Tyson Gay chegou em quarto, com 9s89, mas seu  resultado foi cassado depois de cair no antidoping, no ano seguinte.

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Na mesma semana, Bolt repetiria os ouros dos 200 m e do 4×100 m – este mantido até hoje. No Rio-2016, ganharia de novo três medalhas de ouro, nas mesmas provas, com o mesmo carisma, mas em desempenho já inferior – nos 100 m, por exemplo, fez 9s81, tempo que não teria sido nem pódio em Londres.

Entre as duas Olimpíadas, mais duas trincas nos Mundiais de Moscou-2013 e Pequim-2015. Em 2017, Bolt despediu-se dos eventos de alto nível com um bronze nos 100 m no Mundial disputado na mesma Londres em que brilhara cinco anos antes. Foi a única vez que saiu derrotado na pista de uma disputa em Mundial ou Olimpíada. Era hora de, enfim, descansar.