Vanderlei Luxemburgo demonstra que ainda não engoliu os motivos que o fizeram ser demitido do comando do Palmeiras em outubro de 2020. Pouco depois, sob o comando do então desconhecido Abel Ferreira, o Verdão levantou as taças da Copa do Brasil e da Libertadores na mesma temporada.
Em entrevista ao “Reis da Resenha”, da rádio Jovem Pan, na última segunda-feira (29), Luxa criticou a forma como foi demitido e disse que até hoje não há justificativa.
“Sai liderando toda a competição (Libertadores). Não tinha perdido nenhuma. Tem que perguntar para o presidente Galiotte (o motivo da demissão). Ele tem que ter uma justificativa”, disse.
Luxemburgo deixou o clube após uma sequência de três derrotas seguidas no Brasileirão 2020, a última delas no clássico contra o São Paulo, por 3 a 0, a primeira vitória do rival no Allianz Parque.
“O Edu Dracena, um cara sério, me falou depois. Todos foram favoráveis a sua permanência. Só o presidente que não quis”, revelou Luxa, que ainda disse que a situação foi desleal.
“Fiquei muito chateado. Achei que o presidente não foi leal comigo. (Faltou) Justificar o por quê que mandou embora. Fiz alguma coisa errada? Roubei, presidente? Tem que perguntar para ele. Até hoje eu não entendi. Fiquei chateado, mas ficou para trás”, finalizou.
Galiotte apontou motivos para demissão de Luxemburgo no Palmeiras
Apesar de Luxa dizer que nunca houve um motivo para sua demissão no Verdão, o próprio presidente alviverde na época, Maurício Galiotte, revelou o que levou o clube a demitir o treinador naquele momento.
“Chegou o momento em que o time não evoluía. Não tinha, claramente, uma proposta tática, técnica. Então a gente avaliou que precisava mexer. Eu tive que tomar a decisão porque não entendia que a gente estava evoluindo taticamente como grupo. O Palmeiras não estava em evolução e a gente tinha desafios grandes pela frente. Por isso nós pensamos na troca do comando técnico”, disse Galiotte naquele momento.
Depois da demissão de Luxa o Palmeiras contratou Abel Ferreira e o resto é história.
