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Em entrevista ao Le Parisien, com veiculação nesta sexta-feira (05), Christophe Galtier falou das novas regras que foram impostas no vestiário do PSG. O conjunto parisiense busca pôr ordem internamente no clube, além de conseguir ter um comprometimento maior de seus jogadores; sendo assim, algumas coisas foram mudadas. A ideia é ter um time que ganhe repercussão pelas conquistas e não pelas polêmicas. A nova fase está a cargo do diretor esportivo Luís Campos e do técnico Galtier.
A temporada se inicia para o PSG com a sensação de que as coisas estão no caminho certo. No último final de semana, a equipe de Paris se consagrou campeã da Supercopa da França, com grandes performances de Neymar e Messi. O comportamento e forma física do brasileiro sempre foram uma preocupação para os parisienses, mas parece que as coisas agora têm um novo direcionamento.
Mas para isso acontecer, foi preciso uma pressão do Paris Saint-Germain por uma possível venda do camisa 10, um novo projeto esportivo, um novo líder (Kylian Mbappé) e novas regras no vestiário. A reformulação prometida está sendo apontada como o principal motivo para a mudança de postura de Neymar. Junto a isso, estão as grandes formas física e técnica apresentadas pelo argentino Lionel Messi e pelo zagueiro Sergio Ramos.
Galtier confidencia como é o vestiário do PSG
Galtier detalhou que é mentira quanto à questão de exigir que só falem o francês no vestiário do Paris Saint-Germain. Mas por outro lado, ele pede a tradução para evitar mal-entendidos.
Enquanto aos celulares, o técnico do PSG destacou que não proíbe seus jogadores de usá-los à mesa. No entanto, exige que os aparelhos estejam no modo silencioso, e quando têm uma chamada urgente, os atletas dão uma sinalização e se afastam.
“Eu vou voltar para as obrigações porque tudo o que ouço me irrita um pouco! Eu, no nível do grupo, falo apenas em francês. Isso não me impede de pedir à minha equipe para traduzir certas coisas para evitar mal-entendidos. Mas não há obrigação de falar francês no vestiário. Há argentinos, portugueses, espanhóis… Por que falariam um com o outro em francês? Trabalhei no exterior. Quando conheci um francofone, falei francês com ele. Essas obrigações são pura fantasia! Também ouvi dizer que estava banindo telefones na mesa. Não é verdade! Só peço que silenciem os toques e não respondam à mesa. Mas eu não os proíbo de assistir a um jogo de futebol ao vivo de qualquer maneira ou de receber uma chamada urgente. Neste caso, eles fazem um sinal e se isolam, não há problema”, revelou o treinador do Paris Saint-Germain.
Técnico detalha sua sintonia com Luís Campos
Galtier destaca que há um modelo de trabalho no PSG para que haja uma coordenação entre os líderes da equipe.
“Luis define, com o presidente, a política esportiva que o clube quer colocar em prática. Lá, eu não intervi. Com Luis e minha equipe, trabalhamos rapidamente no modelo de jogo, na organização, em comparação com os jogadores que vão ficar. Pensamos na melhor maneira de fazê-los jogar. E então há todo esse trabalho em que ele se destaca, incluindo a análise dos jogadores que têm que montar um elenco para tornar o time o mais eficiente possível”.
Além disso, acrescenta: “Ele (Luís Campos) sabe quais perfis eu quero, em que setor, em relação a essa animação e essa organização, ele procura por eles, ele os encontra, e eu não há um quarto de hora no dia em que eu penso em algo diferente do meu grupo, treinamento e organização da partida. Tudo que é externo, partidas, chegadas, discussões com agentes, não, não é para mim, e é isso que eu quero”, completou o técnico do PSG.
