Após sobreviver a um acidente de helicóptero, Alessandro Nannini encerrava sua carreira na Fórmula 1
Italiano foi companheiro de Nelson Piquet e obteve uma vitória na Fórmula 1, no Grande Prêmio do Japão de 1989
Em um distante 12 de outubro, de 1990, Alessandro Nannini, com 31 anos, sofreu um grave acidente de helicóptero em Siena, na Itália. O italiano sofreu amputação do braço direito, que foi reimplatado em cirurgia. Apesar do resultado satisfatório, Nannini ficou com movimentos limitados e não voltou a disputar uma prova de Fórmula 1.
O piloto italiano estava a bordo do seu helicóptero e decolou do aeroporto de Florença, com destino à Bellasguardo, em Siena. Nannini tinha como objetivo visitar os seus pais e o acidente aconteceu no pouso, em um campo próximo à residência da família. Na ocasião, a aeronave teve um ganho repentino de altura e em sequência sofreu uma queda de 30 metros.
A família de Alessandro presenciou o acidente. Junto de Nannini, estavam o piloto, Francesco de Laguoro e dois amigos. Alessandro teve o seu braço mutilado na queda, Francesco, que não tinha brevê de piloto, sofreu afundamento da caixa toráxica. Os outros passageiros não se feriram.
O italiano estava consciente quando foi levado ao Hospital Geral de Florença, onde iniciou o processo cirúrgico para reimplantar o braço. A operação foi bem sucedida e durou cerca de oito horas entretanto, não se tinha nenhuma garantia sobre o futuro de Nannini no automobilismo.
O helicóptero tinha 30 horas de vôos e o tempo no dia do acidente era considerado bom, porém com rajadas de ventos. Estima-se que essa tenha sido a causa da queda do modelo Ecurevil AS/350B.
Alessandro Nannini , que era companheiro de Nelson Piquet, foi substituído na Benetton por outro brasileiro, Roberto Pupo Moreno. No Grande Prêmio do Japão de 1990, a dupla conquistou a última dobradinha brasileira na Fórmula 1: Piquet em primeiro, Moreno em segundo.
Sobre Alessandro Nannini
O piloto fez a sua estreia em 1986 pela Minardi, onde permaneceu até o final da temporada de 1987. O bom desempenho em uma equipe fraca, chamou a atenção da Benetton. Alessandro permaneceu no time entre 1988 e 1990, obtendo uma vitória no Grande Prêmio do Japão, de 1989.
Dois anos após acidente, o piloto assinou um contrato com a Alfa Romeo para correr pelo Campeonato Alemão de Turismo (DTM).
Em relação a Fórmula 1, Nannini estava cotado para correr pela Ferrari e teve uma oportunidade no time de Maranello, isso é, em um teste em 1992. Quatro anos depois, o piloto retornaria ao circo para testar uma Benetton, equipe por onde disputou três mundiais.
Atualmente, Alessandro Nannini tem 63 anos de idade e administra uma cafeteria na Itália.