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Barcelona: de Jong diz que nunca quis ir para o Manchester United

Jogador holandês revelou que jamais desejou fechar com time britânico, mesmo sabendo que seu futuro na Catalunha seguia incerto

Renato Roschel
Editor-chefe do Torcedores.com. Há mais de 30 anos com trabalhos nas áreas de jornalismo e produção de conteúdo. Já colaborou para jornais como Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Foi correspondente da Rádio Eldorado em Londres, editor da Revista Osesp e é tradutor, revisor, organizador e autor de diversos livros, entre eles, Literatura Livre: ensaios sobre ficções que formaram o Brasil, obra publicada pelo Sesc em 2022.

A situação de Frenkie De Jong no Barcelona é muito complicada, o Barcelona queria negociá-lo desesperadamente, mas o jogador fez valer sua vontade e permaneceu na equipe catalã. Hoje, segundo o jornal britânico “Daily Mail”, De Jong afirmou que não nunca quis fechar acordo com o Manchester United.

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Essa confusão financeira envolvendo um dos principais jogadores da Holanda e o Barcelona começou em 2019, quando De Jong fechou um contrato com a equipe catalã para ganhar 14 milhões de euros por temporada. O acordo era de 5 anos.

Em 2020, porém, veio a pandemia. O Barcelona então impôs um corte salarial de 12%. Com isso, o jogador não recebeu os 14 milhões de euros acordados em contrato.

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Em outubro de 2020, De Jong fechou um novo acordo e teve seu contrato prorrogado para 2026. A ideia do Barcelona era ter um prazo maior para amortizar os valores da contratação do jogador. Dessa forma, o salário do jogador foi escalonado.

Na temporada 2020-21, De Jong recebeu 3 milhões de salário. Na temporada seguinte, de 2021-22, ele recebeu 9 milhões de euros.

O problema começa agora, na temporada 2022-23. Segundo o acordo entre o jogador e o Barcelona, o salário de De Jong deve chegar a 18 milhões de euros anuais nessa temporada.

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Para piorar, de Jong tem um bônus contratual de 15 milhões de euros, que ele também deve receber agora. Somado a isso, caso ele atue em 60% das partidas oficiais do clube, deve receber também mais 2 milhões de euros de bônus. Se todas as metas forem atingidas, De Jong passaria a custar 24 milhões de euros por temporada.

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Para se ter uma ideia, Lewandowski recebe, do mesmo Barcelona, um salário anual de 10 milhões de euros.

Cristiano Ronaldo e Messi ganham em seus respectivos clubes cerca de 30 milhões de euros por ano.

Agora, depois de ter fechado o contrato com De Jong, o Barcelona não quer mais pagar um salário tão alto para um jogador que o clube julga não estar na mesma prateleira que Messi e CR7.

Porém, o jogador, obviamente, não tem nenhum interesse em abrir mão de um dos melhores salários do futebol mundial. Enquanto isso, o clube catalão segue procurando encontrar uma saída financeira para o problema que o próprio clube criou para si.

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Tudo indica que a permanência de De Jong no Barcelona poderá ter novos capítulos constrangedores. Para muitos analistas e comentaristas esportivos europeus, o tratamento que o clube espanhol deu ao jogador foi muito ruim, ao ponto de ter atraído a atenção do sindicato global Fifpro (Fédération Internationale des Associations de Footballeurs Professionnels — em português, Federação Internacional de Associações de Jogadores Profissionais de Futebol).

Representantes do Fifpro já disseram que estão analisando o tratamento dado pelo Barcelona a Frenkie de Jong em meio à disputa salarial do clube com o meio-campista.

Na atual temporada, De Jong entrou em campo apenas 8 vezes pelo Barcelona e marcou 1 gol. O Barcelona, como todos sabem, ainda sonha em negociar o jovem talento holandês para algum outro clube europeu.

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