Home Futebol Copa do Mundo: 3 curiosidades que quase ninguém sabe sobre a competição

Copa do Mundo: 3 curiosidades que quase ninguém sabe sobre a competição

Confira algumas histórias sobre os Mundiais anteriores, faltando dois meses para a Copa no Catar, que começará em novembro

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.

A contagem regressiva para a Copa do Mundo 2022 no Catar continua. Dessa forma, estamos a apenas dois meses da maior festa do futebol se iniciar, em 20 de novembro, quando a seleção anfitriã e o Equador rolarem a bola. Nesse sentido, vamos relembrar algumas histórias inusitadas, quase desconhecidas ou pouco lembradas pelos torcedores ao longo da quase centenária história dos Mundiais.

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Cachorro impede roubo da taça da Copa do Mundo

17 anos antes da Taça Jules Rimet ser roubada da sede da CBF no Rio de Janeiro e derretida, por muito pouco o troféu da Copa do Mundo não desapareceu na Inglaterra, antes do Mundial de 1966. Graças ao cachorro Pickles, que descobriu onde a taça estava escondida ao farejar uns arbustos em Londres, durante passeio com seu dono. A Jules Rimet havia sido retirada de uma vitrine no Westminster Center Hall, na capital inglesa, durante uma exposição de selos em 20 de março de 1966.

Dessa forma, a taça foi encontrada de forma involuntária pelo cão uma semana depois, na noite do dia 27, embrulhada num pacote com jornais e barbantes. Assim, Pickles e seu dono viraram celebridades no país. Quatro meses depois, em 30 de julho daquele ano, Bobby Moore receberia a Jules Rimet em Wembley das mãos da Rainha Elizabeth II, falecida na última quinta-feira (08).

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O desespero do jogador do Zaire

Num dramático jogo pela Copa do Mundo de 1974, o Brasil precisava vencer o Zaire por três gols de diferença para se classificar para a próxima fase. Então, quando o jogo já estava 3 a 0 para a seleção de Zagallo (que seria o placar final), uma atitude inusitada chamou a atenção. Enquanto a equipe brasileira se preparava para cobrar uma falta, a cinco minutos do término do confronto, um zagueiro do time africano se aproximou da bola e deu um chute nela para longe. Nesse sentido, Ilunga Mwepu foi advertido com o cartão amarelo.

Posteriormente, o próprio jogador revelaria que o ato foi de desespero. Afinal, os guardas do ditador do país Mobutu Sese Seko ameaçaram os atletas caso perdessem por mais de três gols para o Brasil. A equipe entrou em campo já eliminada logo após perder por 2 a 0 para a Escócia e levar 9 a 0 da Iugoslávia.

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“Então, quando o Rivellino se preparou para cobrar uma falta e já estava 2 a 0 para o Brasil, entrei em pânico e dei um bicudo na bola antes de ele cobrar a infração. A maioria dos jogadores do Brasil e os torcedores nas arquibancadas pensaram que aquilo tudo foi hilário, coisa de amador. Eu só consegui gritar ‘Seus malditos!’ para todos eles, porque ninguém ali sabia a pressão que nós estávamos vivendo”, disse Mwepu anos depois daquela Copa do Mundo, em entrevista à revista FourFourTwo.

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Sheik anula gol da França

Na fase de grupos da Copa do Mundo de 1982, a França vencia o Kuwait por 3 a 1 e havia marcado mais um gol na fraca equipe asiática. Eram 35 minutos do segundo tempo, quando Michel Platini fez a assistência para Alain Giresse anotar o quarto. Porém, um apito ecoou das arquibancadas um pouco antes da finalização. Desse modo, os jogadores do Kuwait pararam, achando que o árbitro havia interrompido o lance. Contudo, o gol foi inicialmente validado.

Nesse sentido, o sheik Fahid Al-Ahmad Al-Sabah, irmão do emir do Kuwait, invadiu o campo com a conivência da polícia espanhola, conversou com o árbitro soviético Miroslav Stupar e retornou às tribunas do estádio. Então, o juiz da partida decidiu anular o gol. Pouco adiantaria, pois minutos depois a França faria mais um, fechando o placar em 4 a 1. Décadas antes do VAR aparecer, uma interferência interna e política motivaria o cancelamento de um gol logo após a confirmação inicial da arbitragem, em plena Copa do Mundo.

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