F1 deve aumentar total de vagas para dar chance a Felipe Drugovich, opina Emerson Fittipaldi
Emerson Fittipaldi avaliou que um grid de 20 pilotos para a Fórmula 1 (F1) dá poucas chances a pilotos novatos como Felipe Drugovich
ABU DHABI, UNITED ARAB EMIRATES - DECEMBER 12: 1972 and 1974 F1 World Drivers Champion Emerson Fittipaldi looks on in the Paddock before the F1 Grand Prix of Abu Dhabi at Yas Marina Circuit on December 12, 2021 in Abu Dhabi, United Arab Emirates. (Photo by Clive Rose/Getty Images)
A Fórmula 1 (F1) vai ter 20 pilotos distribuídos entre dez escuderias na temporada 2023. O número, entretanto, poderia ser maior.
A empresa Andretti manifestou interesse em entrar na categoria, mas foi rejeitada pelas demais equipes
A empresa detentora dos direitos de transmissão do torneio, Liberty Media, também votou contra. Os motivos são, principalmente, econômicos.
Com a entrada da Andretti, o dinheiro de premiações do campeonato de construtores passaria a ser dividido em onze partes, não mais em dez como é atualmente.
Ou seja, as marcas que emprestam o nome para escuderias da F1 arrecadariam menos dinheiro e, além disso, teriam um concorrente a mais.
O bicampeão mundial Emerson Fittipaldi discorda da realidade atual. De acordo com o brasileiro, a categoria tem totais condições de aumentar o grid.
“Na minha opinião, precisamos de mais equipes na F1, para que haja mais assentos disponíveis. Eles podem ter mais duas ou três equipes, mais seis carros”, opinou Fittipaldi, em entrevista ao canal Vegas Insider.
O ex-piloto também lamentou o fato da categoria, atualmente, dar poucas chances a pilotos novatos.
Depois de ser campeão da Fórmula 2, o brasileiro Felipe Drugovich conseguiu uma vaga na F1, mas para ser reserva de Fernando Alonso e Lance Stroll, na equipe Aston Martin, em 2023.
“Haverá muito mais chances de jovens pilotos entrarem na F1. Precisamos de mais assentos. É o que nos falta. Precisamos de mais equipes. Com certeza”, reforçou Fittipaldi.
O ex-piloto também relembrou que o grid da categoria era maior, na época em que competia profissionalmente.
“Em meados da década de 1970, algumas corridas tinham quase 30 corridas. Precisamos de mais carros”, observou.
“Será melhor para os patrocinadores, fãs, televisão e jovens talentos que querem estar na F1. Isso lhes dará mais oportunidade”, acrescentou.
Em relação à marca Andretti, Fittipaldi avaliou que seria saudável a entrada da empresa americana.
“Sim. Como falei antes: mais equipes serão ótimas para fãs, pilotos, televisão. Ótimas para o show”, argumentou.
“Eu estava conversando com o Michael (Andretti) em julho, durante um evento de Fórmula E. Ele está muito motivado por ter uma equipe americana completa. E será ótimo para a F1 ter uma equipe americana completa correndo”, declarou Emerson Fittipaldi.
“Não é apenas mais uma equipe. É uma equipe americana. Mesmo para os fãs de corrida americanos, será ótimo ter um piloto e uma equipe americanos. Isso criará muito mais interesse e seguidores para a F1”, finalizou.

