Poucos nomes do esporte são considerados lendas sem terem grandes conquistas. Títulos expressivos, uma marca insuperável, uma performance individual inesquecível. Porém, Stirling Moss é um dos maiores nomes da Fórmula 1 sem mesmo ter faturado um troféu.
Nascido em 17 de setembro de 1929, em Londres, o inglês é considerado por muitos um dos grandes nomes do automobilismo de sua geração. O “azar” foi correr contra outras lendas da F1, como Juan Manuel Fangio e Jack Brabham. O britânico estreou na categoria em 1951, mas o que aconteceu nos anos seguintes marcou seu nome na história.
De 1955 a 1958, foi vice-campeão quatro vezes consecutivas. Fangio levou a melhor nas três primeiras oportunidades, enquanto Mike Hawthorn levantou o título na última. Ainda, foi terceiro colocado geral três vezes seguidas, de 1959 a 1961. Encerrou sua passagem na categoria no ano seguinte, quando um grave acidente o deixou em coma e com paralisia parcial nos meses posteriores.
Mesmo sem conquistar o troféu, Moss foi o britânico com mais vitórias (16) na Fórmula 1 até 1991, superado por Nigel Mansell. Falecido em abril de 2020, aos 90 anos, é reconhecido pelos ingleses como “o campeão mundial sem título”.
Na opinião do jornalista Claudio Carsughi, uma das principais referências da F1 no Brasil, Moss foi um dos melhores pilotos da história. “Talvez ele tenha tido o ‘azar’ de viver a mesma temporada de Fangio, então aquela imbatível equipe da Mercedes, de Fangio-Moss, não lhe deu a possibilidade de ter os lauréis que ele teria merecido. Não tivesse existido o Fangio naquele momento, provavelmente ele teria um álbum de ouro de recordes ainda maiores”, disse em entrevista ao portal Terceiro Tempo.
Confira abaixo uma homenagem da Mercedes feita ao britânico em 2020:
