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Isolado no Santos: saiba os bastidores da demissão de Lisca

Lisca ficou apenas nove jogos á frente do time paulista. Treinador acumulou maus resultados, críticas da torcida e reclamações dos jogadores

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

A demissão de Lisca do comando técnico do Santos era só uma questão de tempo. E ocorreu na última segunda-feira (12), após a derrota para o Ceará, por 2 a 1, em Fortaleza, em reunião na Vila Belmiro.

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O Torcedores.com apurou com fontes ligadas aos jogadores do Santos que a queda do treinador foi comemorada por diversos motivos que vinham atrapalhando sua relação com o elenco alvinegro.

A começar pelas instruções, ao pé do ouvido, que Lisca passava para os atletas. Para quem acompanhava o dia a dia, tinha a impressão de que o treinador era detalhista e tinha grande ascensão sobre os atletas.

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Contudo, fazia substituições e alterações táticas que não foram trabalhadas antes dos jogos. O que irritava o grupo. Internamente, há quem diga que Lisca não justificava suas escolhas. Para ele, o que valia era a soberania da comissão técnica.

Os números de Lisca no Santos

Jogos: 9

Vitórias: 3

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Empates: 3

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Derrotas: 3

Gols marcados: 9

Gols sofridos: 8

Aproveitamento: 37,5%

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Apesar da 10ª colocação na Série A do Campeonato Brasileiro, o Santos vem em queda livre acumulando fracassos e apresentando um futebol abaixo das expectativas. Os tropeços para Ceará, Goiás e Cuiabá não foram bem digeridas nos bastidores.

Ainda segundo apurou a reportagem, Lisca não contava com a simpatia dos principais líderes do elenco. Alguns jogadores chegaram a reclamar diretamente com o presidente Andres Rueda de que o treinador forçava fisicamente os atletas.

Ele comandava atividades físicas puxadas, apenas com o objetivo de “mostrar serviço para a direção”.  A carga também era criticada por integrantes do departamento de futebol que tinham medo de perder um jogador na reta final do Brasileirão.

De acordo com dois conselheiros consultados pelo Torcedores.com, a demissão de Lisca após nove jogos foi por pura falta de convicção na contratação do treinador, que pediu demissão do Sport Recife para comandar o Santos.

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Vale lembrar que Lisca era o quinto nome da lista da diretoria alvinegra para comandar o Santos. Antes dele, o clube levou um “não” de Abel Braga, Odair Hellmann, Renato Portaluppi, Sylvinho e Tiago Nunes.

Sebastian Beccacece é a bola da vez

Em busca de mudança de astral, o Santos entendeu que Sebastián Beccacece, ex-técnico do Defensa y Justicia, é o nome de consenso. Tanto que seu pedido de demissão gerou grande mal-estar na relação entre jogadores e dirigentes do clube argentino.

Sebastián Beccacece é visto como a melhor opção disponível no mercado da bola por dirigentes, agora pessimistas, ligados a Andres Rueda. Apesar de o time estar no meio da tabela do Brasileirão, há o temor com a possibilidade de um primeiro rebaixamento.

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