A demissão de Lisca do comando técnico do Santos era só uma questão de tempo. E ocorreu na última segunda-feira (12), após a derrota para o Ceará, por 2 a 1, em Fortaleza, em reunião na Vila Belmiro.
O Torcedores.com apurou com fontes ligadas aos jogadores do Santos que a queda do treinador foi comemorada por diversos motivos que vinham atrapalhando sua relação com o elenco alvinegro.
A começar pelas instruções, ao pé do ouvido, que Lisca passava para os atletas. Para quem acompanhava o dia a dia, tinha a impressão de que o treinador era detalhista e tinha grande ascensão sobre os atletas.
Contudo, fazia substituições e alterações táticas que não foram trabalhadas antes dos jogos. O que irritava o grupo. Internamente, há quem diga que Lisca não justificava suas escolhas. Para ele, o que valia era a soberania da comissão técnica.
Os números de Lisca no Santos
Jogos: 9
Vitórias: 3
Empates: 3
Derrotas: 3
Gols marcados: 9
Gols sofridos: 8
Aproveitamento: 37,5%
Apesar da 10ª colocação na Série A do Campeonato Brasileiro, o Santos vem em queda livre acumulando fracassos e apresentando um futebol abaixo das expectativas. Os tropeços para Ceará, Goiás e Cuiabá não foram bem digeridas nos bastidores.
Ainda segundo apurou a reportagem, Lisca não contava com a simpatia dos principais líderes do elenco. Alguns jogadores chegaram a reclamar diretamente com o presidente Andres Rueda de que o treinador forçava fisicamente os atletas.
Ele comandava atividades físicas puxadas, apenas com o objetivo de “mostrar serviço para a direção”. A carga também era criticada por integrantes do departamento de futebol que tinham medo de perder um jogador na reta final do Brasileirão.
De acordo com dois conselheiros consultados pelo Torcedores.com, a demissão de Lisca após nove jogos foi por pura falta de convicção na contratação do treinador, que pediu demissão do Sport Recife para comandar o Santos.
Vale lembrar que Lisca era o quinto nome da lista da diretoria alvinegra para comandar o Santos. Antes dele, o clube levou um “não” de Abel Braga, Odair Hellmann, Renato Portaluppi, Sylvinho e Tiago Nunes.
Sebastian Beccacece é a bola da vez
Em busca de mudança de astral, o Santos entendeu que Sebastián Beccacece, ex-técnico do Defensa y Justicia, é o nome de consenso. Tanto que seu pedido de demissão gerou grande mal-estar na relação entre jogadores e dirigentes do clube argentino.
Sebastián Beccacece é visto como a melhor opção disponível no mercado da bola por dirigentes, agora pessimistas, ligados a Andres Rueda. Apesar de o time estar no meio da tabela do Brasileirão, há o temor com a possibilidade de um primeiro rebaixamento.

