A desigualdade econômica e a diferença de verbas para premiações são dois fatores que explicam a queda de rendimento dos times argentinos na Libertadores, segundo a reportagem de Rafael Ribeiro, publicada na última segunda-feira (12) no LANCE!.
Em entrevista ao jornalista, o advogado especialista em Direito Esportivo, Eduardo Carlezzo, explicou que os “times brasileiros possuem mais condições de angariar verba. Por causa da desvalorização da moeda, as equipes argentinas enfrentam problemas quando transferem um atleta para o exterior e necessitam internalizar o valor”.
Já o especialista em Geração de Receitas na Indústria do Esporte, Armênio Neto, cita, além da desigualdade econômica, outros fatores, como “ times que contam com mais exposição, devido à participação em torneios continentais, instituições estruturadas e com altas remunerações”.
A reportagem destaca também que a diferença de premiações para os clubes campeões dos torneios nacionais de Brasil e Argentina contribui para a estruturação dos times. Conforme destaca a publicação, a equipe campeã da Copa do Brasil recebe cerca de R$ 60 milhões, enquanto o vencedor da Copa Argentina embolsa uma quantia que gira em torno de R$ 191 mil.
Na contramão dos outros especialistas, Júnior Chávare, ex-dirigente de clubes como o São Paulo, Bahia, Atlético-MG e Grêmio, acredita que o domínio se justifica pelo foco das equipes do Brasil em relação ao torneio.
Além disso, ele cita que países tradicionais não estão com a mesma força de anos anteriores.
River Plate foi o último argentino campeão da Libertadores
O River Plate foi o último time argentino campeão da Libertadores. Em 2018, o clube venceu o Boca Juniors na final e ficou com o troféu da competição.
De lá para cá, os brasileiros dominaram o torneio, com os títulos do Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021), além da final desta edição que será realizada entre o Rubro-negro carioca e o Athletico Paranaense.

